Heranças: radiografia ao imposto da discórdia
Divide a esquerda e a direita. Já foi cobrado e caiu porque a receita não valia o que custava a cobrá-lo e por decisão política do Governo da altura. Voltou agora a estar em cima da mesa, quando o Bloco o inscreveu no seu programa e provocou uma chuva de críticas. O PS decidiu não comprar esta guerra e não avança.
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Em 2015, quando apresentou o seu programa para as eleições de outubro desse ano, o PS avisou que pretendia criar um imposto sobre heranças de elevado valor, assim “contribuindo para uma sociedade mais justa e inclusiva”. A medida era também desejada pelo Bloco, parceiro da geringonça que então nasceu, e causou desde logo grande preocupação. Houve quem antecipasse doações, quem tratasse de pôr património a salvo, mas a implementação foi sendo adiada e o imposto nunca viu a luz do dia. E também não voltou a aparecer nos programas eleitorais socialistas. Com eleições de novo à porta, o Bloco voltou à carga com a medida e o tema já estava de novo na praça pública com a publicação, em dezembro, do estudo “A Fiscalidade em Portugal”, da autoria do economista Alexandre Mergulhão e promovido pela associação Causa Pública, onde pontuam nomes como os de Paulo Pedroso, Alexandra Leitão ou Ricardo Paes Mamede, de esquerda e próximos do atual líder socialista, Pedro Nuno Santos.
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