O que é a CSR e porque foi declarada ilegal
No âmbito de um processo interposto por uma gasolineira a pedir a devolução da CSR, esta foi declarada ilegal pelo TJUE.
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Quando e para que foi criada? Foi criada em 2007 para ser uma contrapartida pela utilização da rede rodoviária nacional, medida através do consumo de combustíveis. Incide sobre a gasolina e o gasóleo rodoviário sujeitos a ISP e é paga pelas gasolineiras com a importação do combustível, no momento do desalfandegamento do mesmo. PORQUE É ILEGAL? Falta-lhe um “motivo específico”, como exigem as diretivas comunitárias quando estão em causa impostos sobre o consumo criados pelos Estados. É, diz o TJUE, “um imposto cujas receitas ficam genericamente afetadas a uma empresa pública concessionária da rede rodoviária e cuja estrutura não atesta a intenção de desmotivar o consumo” de combustível. O QUE DEFENDE A AT? A AT alegou que a CSR é receita própria da IP que, no âmbito da sua atividade, tem objetivos de “redução da sinistralidade e sustentabilidade ambiental”, sendo esse o “motivo específico” que lhe está subjacente. O TJUE não aceitou porque a receita se destina a financiar em geral a própria empresa, tendo, portanto, uma finalidade “meramente orçamental”. E OS FINS AMBIENTAIS? Diz o TJUE que as receitas da CSR se destinam a assegurar o financiamento da atividade de conceção, projeto, construção, conservação, exploração, requalificação e alargamento da rede rodoviária nacional. E com melhores estradas, o que há é um maior incentivo para usar o automóvel.
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