Paulo Ralha volta a conquistar sindicato do Fisco
A eleição foi renhida, mas Paulo Ralha saiu vencedor e fica mais quatro anos na presidência do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI).
Paulo Ralha vai ficar mais quatro anos na liderança do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), depois de ter vencido as eleições do passado dia 2 de Novembro por 40% dos votos.
Segundos os resultados oficiais tornados públicos nesta segunda-feira, 9 de Novembro, Paulo Ralha, candidato pela Lista A, amealhou 2.406 votos considerados válidos, tendo ficado 279 votos à frente do seu principal opositor, Rui Barbosa, que encabeçou a Lista B. Carlos Telmo Rebelo, candidato de Setúbal que se apresentou com a Lista C, não foi além dos 326 votos.
Ao todo, mobilizaram-se para este acto eleitoral 6029 sócios, entre os 9.772 inscritos. 19% dos votos foram considerados nulos, uma parte dos quais devido ao facto de os que seguiram por correspondência não terem seguido a regra do regulamento que obriga ao seu registo. O facto motivou a apresentação de um requerimento por parte do candidato da Lista B, para que os votos fossem considerados, mas as suas pretensões acabaram recusadas pela maioria.
Numa votação disputada a nível nacional, Paulo Ralha ganhou em todos os distritos, à excepção dos Açores, Aveiro, Coimbra, Faro, Leiria, Lisboa e Viseu.
Depois de no último mandato se ter destacado pela denúncia da polémica Lista VIP, que fez rolar as cabeças de dois altos dirigentes do Fisco mas deixou incólume Paulo Núncio, o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Ralha estabelece agora como prioridade das suas prioridades do próximo mandato a renegociação das carreiras dos trabalhadores dos Impostos.
Em entrevista recente ao Negócios, o dirigente sindical mostrou-se convencido de que com o fim da negociação da Lei de Trabalho em Funções Públicas e o início de um novo ciclo político, se abre toda uma nova oportunidade para que a antiga aspiração dos funcionários dos impostos se cumpra. Em concreto, está em causa a recuperação do vínculo de nomeação, a carreira técnica de grau de complexidade funcional 3 para todos, e a retoma da avaliação permanente, com as progressões a serem feitas pelo mérito.
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