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Lava-Jato: Governo aceita extradição de Raul Schmidt para o Brasil

Depois da luz verde da ministra da Justiça, cabe agora ao Tribunal da Relação de Lisboa decidir judicialmente a extradição de Schmidt, detido pela PJ em Março após suspeitas de intermediar pagamentos indevidos de comissões na Petrobras.

Raul Schmidt
Raul Schmidt
03 de Maio de 2016 às 18:10

A ministra da Justiça aceitou o pedido de extradição para o Brasil do cidadão luso-brasileiro Raul Schmidt (na foto), detido em Lisboa no âmbito da operação Lava Jato, cabendo agora ao Tribunal da Relação de Lisboa decidir judicialmente a questão.

"A ministra da Justiça decidiu pela admissibilidade do pedido de extradição do cidadão luso-brasileiro Raul Schmidt, detido pelos factos anteriores à data em que obteve a nacionalidade portuguesa", informou hoje o Ministério da Justiça em resposta enviada à agência Lusa.

A decisão de Francisca Van Dunem de aceitar o pedido de extradição de Raul Schmidt prende-se com o facto de os alegados crimes praticados pelo suspeito da Operação Lava Jato serem anteriores à aquisição de nacionalidade portuguesa.

O cidadão luso-brasileiro, detido pela PJ em Lisboa em meados de Março, é suspeito no Brasil dos crimes de corrupção e branqueamento de capitais.

O despacho da ministra da Justiça pôs fim à fase administrativa do processo, transitando agora o caso para a fase judicial, no Tribunal da Relação de Lisboa.

A 22 de Março, o Tribunal das Relação de Lisboa (TRL) determinou como medida de coação a prisão preventiva de Raul Schmidt, no âmbito da operação Lava Jato, que investiga crimes económico-financeiros na Petrobras, no Brasil.

Na altura, Raul Schmidt foi ouvido pelo juiz da Relação de Lisboa Agostinho Torres que determinou a sua prisão preventiva, depois de dias antes o sócio de um antigo director da Petrobras ter sido detido, no cumprimento de uma carta rogatória das autoridades brasileiras.

A PJ explicou então que "o detido foi investigado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal do Brasil por ter agido como intermediário de operações da Petrobras que levaram ao recebimento indevido de comissões no valor de vários milhões de reais".

A investigação da operação Lava Jato começou em Março de 2014.

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