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Trump publica prioridades políticas

Donald Trump toma esta segunda-feira posse como Presidente dos EUA, regressando à Casa Branca após um interregno de quatro anos em que a presidência pertenceu a Joe Biden. Acompanhe aqui a cerimónia.

20 de Janeiro de 2025 às 20:04

Tomada de posse de Trump

Miranda Sarmento acredita que a Europa "está preparada" para a nova era Trump
Miranda Sarmento acredita que a Europa 'está preparada' para a nova era Trump

O ministro das Finanças acredita que a União Europeia está "preparada" a nova era da administração de Donald Trump e que ainda é preciso avaliar o âmbito e alcance das tarifas aduaneiras prometidas para saber do impacto na economia dos 27 e em Portugal.

"Creio que a Europa está preparada para trabalhar com esta administração, em circunstâncias que poderão ser diferentes daquelas que foram com a administração anterior, ou com algumas administrações anteriores, mas preparada", afirmou Joaquim Miranda Sarmento em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP 3 à margem da reunião do Eurogrupo que decorre esta segunda-feira em Bruxelas.

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As imagens da tomada de posse
As imagens da tomada de posse

Biden despede-se da Casa Branca: "Foi a honra das nossas vidas servir-vos"

A poucos minutos da tomada de posse de Donald Trump, o ainda presidente Joe Biden já se despediu da Casa Branca, com uma mensagem nas redes sociais:

Na publicação, pode ver-se a última foto oficial tirada na porta norte da Casa Branca ao lado da mulher, Jill Biden. O casal fez-se ainda acompanhar pela vice-presidente Kamala Harris e o seu marido, Douglas Emhoff. 

It has been the honor of our lifetimes to serve you, the American people. pic.twitter.com/OvrCIyWBd3

Minutos antes, Joe Biden tinha já publicado, também nas redes sociais, uma selfie ao lado da mulher, com a mensagem: "Mais uma selfie. Amamos-te América".

One more selfie for the road. We love you, America. pic.twitter.com/71k46uGADV

Trump presta juramento sobre a mesma Bíblia usada por Abraham Lincoln

Tal como manda a tradição, Donald Trump prestou juramento, na tomada de posse como 47.º Presidente dos Estados Unidos perante o juiz do Supremo Tribunal de Justiça, John Roberts. Para tal, escolheu duas Bíblias: uma pessoal e outra que é a mesma que Abraham Lincoln usou em 1861.

"Eu, Donald John Trump, juro solenemente que apoiarei e defenderei a Constituição dos Estados Unidos contra todos os inimigos, estrangeiros e nacionais; que terei verdadeira fé e lealdade à mesma; que assumo esta obrigação livremente, sem qualquer reserva mental ou propósito de evasão; e que cumprirei bem e fielmente os deveres do cargo no qual estou prestes a assumir: juro por Deus", referiu.

O republicano repete assim o que tinha feito em 2017 quando tomou posse como 45.º Presidente dos Estados Unidos.

Porém, ao contrário do que aconteceu há oito anos, o juramento foi realizado no interior do Capitólio, devido ao frio extremo que abala o país.

Antes de Trump, também o novo vice-presidente, James David Vance, prestou juramento, usando uma Bíblia de família que pretencia à bisavó.

"A era de ouro da América começa agora". Trump abre discurso com promessas de "repor soberania" norte-americana

Depois do juramento sobre a Bíblia, segue-se o discurso de tomada de posse. "A era de ouro da América começa agora", garantiu Donald Trump, na abertura do discurso. "Deste dia em diante, o nosso país vai prosperar e vai ser respeitado em todo o mundo".

O 47.º Presidente dos Estados Unidos afirmou que as grandes prioridades do seu mandato são "criar uma nação que seja orgulhosa, próspera e livre". Disse ainda que regressa à Casa Branca "com confiança e otimismo" e que pretende repor a soberania norte-americana. 

"Vamos ser a inveja de toda a gente e não vamos permitir mais que se aproveitem de nós", frisou.

"Fui salvo por Deus para fazer a América grande novamente", diz Trump

Donald Trump recordou a tentativa de assassinato de que foi alvo durante a campanha que o levou à vitória e acusou a oposição de querer parar a sua causa. "Tentaram tirar-me a minha liberdade e a minha vida", disse, antes de defender que foi salvo por um motivo: "Fui salvo por Deus para fazer a América grande novamente".

"Cada dia sob a nossa Administração de patriotas norte-americanos, vamos trabalhar para resolver cada crise com dignidade, poder e força. Vamos trazer de volta, com propósito e rapidez, a esperança, segurança e paz para os cidadãos de cada ração, religião, cor e credo", garantiu.

Acrescentou ainda que o 21 de dezembro é "dia da libertação". "A minha esperança é que a mais recente eleição presidencial possa ser lembrada como a maior e mais consequente eleição da história do nosso país", afirmou, defendendo que os norte-americanos estão "unidos" em torno da sua agenda.

Trump vai declarar estado de emergência energética nacional

Tal como prometido, Trump disse que vai assinar uma série de ordens executivas, nas áreas da imigração, energia e tarifas. O recém-empossado presidente disse que vai declarar estado de emergência energética, prometendo exportar crude e gás para todo o mundo, repetindo o lema "drill baby drill" para apostar na exploração de petróleo.

Sobre as tarifas, Trump reiterou que vai criar o External Revenue Service para cobrar tarifas e taxas, sobre os parceiros comerciais. "Em vez de cobrar imposto aos nossos cidadãos, vamos cobrar aos outros países", referiu. E reafirmou a criação do Departamento de Eficiência Governamental, liderado por Elon Musk.       

Sobre a imigração, Trump disse que vai declarar também o estado de emergência na fronteira sul e declarar os cartéis como organizações terroristas. Vai também destacar o exército para a fronteira como México e iniciar o processo de deportação de imigrantes ilegais, focando-se nos que cometeram crimes.      

Trump afirma-se como "pacifista" e promete recuperar Canal do Panamá

Trump disse querer ser um pacificador e recordou o acordo de cessar-fogo que permitiu o regresso dos reféns israelitas, prometendo "evitar guerras no futuro".

Outras duas promessas de Trump também foram abordadas no discurso: Trump pretende redesignar o golfo do México como "Golfo da América" e procurar retomar o controlo do canal do Panamá.

Afirmou que os navios norte-americanos estão a pagar "tarifas muito elevadas" e que na realidade é a China que está a controlar o canal, cuja cedência foi uma "ideia tonta".

"Não demos o canal à China, demo-lo ao Panamá e vamos recuperá-lo."

Trump vai acabar com prioridade a veículos elétricos

No âmbito das medidas económicas, o agora Presidente dos EUA também prometeu acabar com o "mandato dos veículos elétricos", que dava prioridade e uma série de incentivos à compra de veículos elétricos, com o objetivo de reduzir gradualmente a produção de veículos com motores a combustão interna.

Assinalando que quer "proteger a indústria automóvel" dos EUA, Trump declarou que "a partir de agora os americanos vão poder comprar os carros que quiserem".         

Trump termina discurso garantindo que os EUA vão voltar a ser "respeitados e admirados"

"A América será respeitada e admirada novamente. Seremos prósperos, orgulhosos, fortes e venceremos como nunca antes. Não seremos intimidados nem falharemos", reiterou Donald Trump, no encerramento do discurso de tomada de posse como 47.º Presidente dos Estados Unidos.

"Somos a América. O futuro é nosso e a nossa era de ouro começou agora", sublinhou.

Donald Trump assina primeiras ordens e site da Casa Branca é substituído
Donald Trump assina primeiras ordens e site da Casa Branca é substituído

Donald Trump, recém-empossado Presidente dos EUA, já começou a assinar as primeiras ordens executivas da sua administração.

A Casa Branca também já substituiu o site oficial, com a imagem de Trump e a frase "A América está de volta" em grande destaque.             

Trump publica prioridades políticas

Seguindo as linhas do discurso de tomada de posse, as prioridades do mandato também já foram publicadas por Trump, agrupadas em quatro grandes eixos: segurança, rendimentos e energia, reforma da administração pública e reposição dos "valores americanos".

A imigração centra as atenções no capítulo da segurança, com a deportação dos imigrantes ilegais, a construção do muro, o destacamento para a fronteira do Exército para auxiliar as autoridades locais, a necessidade de os migrantes terem de aguardar no México pela resposta aos pedidos de asilo e a suspensão dos pedidos de reagrupamento de refugiados, entre outras medidas. Trump também pede a pena de morte para quem cometa "crimes contra a humanidade", "mate agentes da autoridade" e para imigrantes ilegais que "mutilem ou assassinem americanos".

No capítulo dos rendimentos e energia, quer "reverter as políticas de extremismo climático de Biden", incluindo "todas as regulações que pesam sobre a produção e uso de energia", retirar os EUA do Acordo de Paris, cancelar os massivos parques eólicos e implementar a política comercial "América Primeiro".

As prioridades políticas também pretendem "drenar o pântano", ao "reformar e melhorar a burocracia governamental", e "congelar as contratações de burocratas" para terminar com os "inúteis e excessivamente pagos ativistas DEI [diversidade, igualdade e inclusão] embrenhados na força de trabalho federal".

No capítulo dos "valores", o "presidente norte-americano vai estabelecer homem e mulher como realidade biológica e proteger as mulheres da ideologia de género radical", além de que os "marcos americanos serão nomeados para honrar apropriadamente" a história dos EUA.              

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