Economia russa recua pela primeira vez desde Junho
O Produto Interno Bruto (PIB) russo caiu 0,3% em Novembro em termos ajustados, depois de registar um avanço de 0,1% em Outubro e 0,3% em Setembro, informou em comunicado o ministério da Economia. No comparativo anual, o PIB caiu 4% face ao mesmo mês de 2014, noticia a Bloomberg.
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Escreve a agência que a economia russa recuou pela primeira vez em cinco meses, pressionada pelos impactos da diminuição dos preços do petróleo no consumo e na produtividade industrial. Uma renovada queda dos preços do petróleo ameaça prolongar a recessão russa pelo segundo ano, naquele que seria o maior recuo económico do país em duas décadas, acrescenta.
"O risco de um recuo mais profundo intensificou-se", considerou Andrei Klepach, analista do banco Vnesheconombank, citado pela Bloomberg. Segundo o mesmo, o recuo do preço do petróleo este mês e as crescentes tensões geopolíticas vão contribuir para "uma tendência negativa estável, forçando a diminuição das estimativas para o próximo ano".
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O Brent posiciona-se para terminar o ano no preço médio anual mais baixo dos últimos 11 anos depois da Organização de Países Exportadores de Petróleo abandonar oficialmente o limite de produção no início deste mês.
O grupo tinha um tecto de produção de 30 milhões de barris, mas estava a produzir acima desse limite há vários meses. Na última reunião, em Viena, no dia 4 de Dezembro, a OPEP não chegou a acordo para estabelecer o valor para o tecto de produção, mas indiciou que iria manter a actual oferta de petróleo, em torno dos 31,5 milhões de barris diários.
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"Se os preços do petróleo se mantiverem ao nível actual por meio ano ou um ano, vamos ver o recuo económico prolongar-se", disse Alexey Kudrin, ex-ministro das Finanças numa entrevista à Interfax, crente porém de que "o pico dos problemas já passou".
A Agência Internacional de Energia (AIE) acredita que o mercado petrolífero internacional irá continuar com elevados excedentes até ao final de 2016, uma estimativa que tem por base não só a maior oferta da OPEP, como o esperado abrandamento da procura. A Agência destaca ainda o regresso do Irão ao mercado em 2016, na sequência do levantamento de sanções no âmbito do acordo nuclear.
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