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Israel ataca liderança do Hamas no Qatar

As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram ter realizado um ataque preciso contra a alta liderança do Hamas. O alvo terá sido a equipa de negociação do grupo palestiniano em Doha, de acordo com a Al Jazeera. Petróleo acentua ganhos em resposta.

16:08

Israel confirmou esta tarde ter lançado um ataque contra alvos do Hamas no Qatar, marcando uma nova escalada na sua guerra contra o movimento islamita palestiniano.

O Qatar, importante aliado dos Estados Unidos (EUA) no Médio Oriente, acolhe a liderança política do Hamas há mais de uma década - e terá sido este o alvo das forças armadas israelitas. Doha tem vindo a desempenhar um papel central ao lado de Washington na tentativa de mediar o fim da guerra que já dura há quase 2 anos.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram ter realizado um ataque preciso contra a alta liderança do Hamas, avançou a Bloomberg. O alvo terá sido a equipa de negociação do grupo terrorista em Doha, de acordo com a Al Jazeera, que cita um membro sénior do Hamas.

O grupo de comunicação social com sede no Qatar avança ainda que os membros do Hamas visados pelo ataque israelita terão sobrevivido.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, escreveu que Israel assume "total responsabilidade" pelo ataque.

“Durante anos, esses membros da liderança do Hamas lideraram as operações da organização terrorista, são diretamente responsáveis pelo brutal massacre de 7 de outubro e têm orquestrado e gerido a guerra contra o Estado de Israel”, afirmou a IDF.

O exército israelita acrescentou que “antes do ataque, foram tomadas medidas para mitigar os danos aos civis, incluindo o uso de munições precisas e informações adicionais”.

Já do lado do Qatar, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros e conselheiro do primeiro-ministro, Majed Al Ansari, escreveu numa publicação na rede social X que “Israel atacou uma residência que abrigava vários membros do Politburo do Hamas em Doha, no Qatar". Reiterou ainda que o ataque é “uma séria ameaça à segurança e proteção dos residentes do Qatar” e que “não irá tolera o comportamento imprudente de Israel e sua contínua interferência na segurança regional”.

Vários países já vieram comentar a situação. O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão afirma que o ataque de Israel a funcionários do Hamas no Qatar é “perigoso” e “uma violação do direito internacional”, segundo relatos de jornais iranianos citados pela Reuters. A Embaixada dos EUA em Doha, por sua vez, recomendou aos cidadãos norte-americanos que se encontram no país a procurar abrigo num local seguro.

Além destes, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Arábia Saudita e o Oman já vieram condenar o ataque israelita em território qatari. Também o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, referiu numa conferência de imprensa que acabou "de saber dos ataques israelitas ao Qatar, um país que tem desempenhado um papel muito positivo para alcançar um cessar-fogo e a libertação de todos os reféns. Condeno esta violação flagrante da soberania e integridade territorial do Qatar", disse.

Segundo a comunicação social israelita, o Presidente dos EUA, Donald Trump, terá dado “luz verde” para o ataque à liderança do Hamas no !atar.

O ataque parece estar a influenciar, ainda que de maneira contida, os movimentos do petróleo nos mercados internacionais, num altura em que ambos o Brent e o West Texas Intermediate - "benchmarks" para o preço do crude na Europa e EUA, respetivamente - sobem mais de 1,45% a esta hora.

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