António Costa defende "fim do congelamento" do salário mínimo nacional

O socialista defende que é necessário "travar a austeridade" para Portugal poder relançar a sua economia e que Lisboa "não pode manter uma atitude submissa" na Europa.
Bruno Simão/Negócios
André Cabrita-Mendes 12 de Agosto de 2014 às 13:58

Passados três anos desde o seu congelamento, chegou o momento de actualizar o salário mínimo nacional. Esta é uma das propostas defendidas por António Costa para o país nos próximos anos.

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"É preciso pôr fim ao congelamento do salário mínimo nacional", disse António Costa esta terça-feira, dia 12 de Agosto, durante a apresentação da moção com que vai enfrentar António José Seguro nas eleições primárias socialistas de 28 de Setembro.

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Segundo o actual autarca de Lisboa, se o salário mínimo tivesse vindo a ser actualizado como previsto anteriormente, estaria agora nos 522 euros mensais.

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"Se o salário fosse actualizado, isto representaria um aumento de 0,25% no conjunto da massa salarial", apontou, sublinhando que a actualização não teria um grande peso no valor total da remuneração.

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António Costa defendeu que é necessário "travar a austeridade" para promover o crescimento da economia portuguesa. Este é, aliás, um dos pontos principais da "Agenda para a década", documento que contêm a estratégia do socialista para o país no curto, médio e longo prazo.

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"O que temos hoje é um défice que não é menor e uma dívida muito maior. A austeridade não é caminho para a consolidação", afirmou.

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Ainda sobre as medidas de austeridade, António Costa apontou que "infelizmente, o actual governo escolheu-nos para cobaias de experimentação a nível internacional. Há hoje um consenso muito claro: este não é o caminho para a redução da dívida".

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Portugal "não pode manter uma atitude submissa na Europa" perante a Comissão Europeia, defendeu, e, apesar do país dever continuar a cumprir o tratado orçamental, deve fazê-lo de "forma inteligente" para adaptá-lo às necessidades da economia.

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Na apresentação da "Agenda para a década", o socialista sublinhou que "os políticos distinguem-se não pela qualidade de prometerem, mas pela qualidade de fazerem". 

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Sobre o seu adversário nas primárias, António Costa sublinhou que os cidadãos "confiam mais em quem tem provas", referindo-se à sua experiência executiva e à falta da mesma do actual secretário-geral do PS.

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O autarca lisboeta apontou também que Seguro "perde mais energia" a combatê-lo do que ao governo de Pedro Passos Coelho.

 

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Sobre as críticas apresentadas por António José Seguro às propostas por si apresentadas, António Costa relembrou a vitória do PS nas eleições europeias que não foi suficiente para convencer muitos socialistas que é possível vencer as legislativas no próximo ano.

 

"É por isso que o PS teve o resultado que teve nas eleições europeias. Não ambiciona ser uma alternativa, mas sim uma alternância", disse.

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