Marcelo: "Troquemos as emoções pelo bom senso"
O Presidente da República defendeu esta segunda-feira, dia 25 de Abril que há um "amplo acordo de objectivos nacionais, por um lado, e dois distintos modelos de governação, por outro". Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que são possíveis os consensos sectoriais, dando como exemplos áreas como a saúde e até a segurança social e deixou um recado sobre o seu papel, ao lembrar que "não depende de eleições intercalares". Num estilo muito próprio, Marcelo desafiou todos: "Troquemos as emoções pelo bom senso". O chefe de Estado falava no Parlamento, na cerimónia que assinalou os 42 anos do 25 de Abril de 1974. Depois da tomada de posse, a 9 de Março, este foi o primeiro discurso político de Marcelo Rebelo de Sousa. Para o Presidente da República é a existência de duas formas possíveis de governação que o leva a colocar três perguntas: se estamos sempre em clima de eleições?; se os consensos de regime são impossíveis?; ou se a unidade entre os portugueses é impossível perante dois modelos de governação. Nas três questões, Marcelo não aceita um sim e avisa que a resposta "só pode ser negativa para os portugueses". O Presidente aproveita o discurso para lembrar que o seu mandato está acima dos partidos, afirmando que o seu é um "mandato nacional" e é, "por sua própria natureza, mais longo e mais sufragado do que os mandatos partidários. E não depende de eleições intercalares". Com esta frase, Marcelo quer dizer que não está nem colado ao Governo nem à oposição e que, um cenário de eleições intercalares, não põe em causa o seu mandato. Depois, o Presidente da República dá respostas bem concretas às questões que o próprio formulou. "Portugal não pode nem deve continuar a viver, sistematicamente, em campanha eleitoral. Exige estabilidade política, crucial para a estabilidade económica e social. O estar adquirida, finalmente, essa estabilidade é um sinal de pacificação democrática que deve reconfortar os portugueses", afirmou o chefe de Estado. Ou seja, Marcelo Rebelo de Sousa recusa que o facto de existirem dois modelos de governação implique um permanente clima de eleições. À pergunta sobre "se os consensos sectoriais de regime são impossíveis", a resposta é também não. E Marcelo explica: "
PUB
O chefe de Estado falava no Parlamento, na cerimónia que assinalou os 42 anos do 25 de Abril de 1974. Depois da tomada de posse, a 9 de Março, este foi o primeiro discurso político de Marcelo Rebelo de Sousa.
Para o Presidente da República é a existência de duas formas possíveis de governação que o leva a colocar três perguntas: se estamos sempre em clima de eleições?; se os consensos de regime são impossíveis?; ou se a unidade entre os portugueses é impossível perante dois modelos de governação.
PUB
Nas três questões, Marcelo não aceita um sim e avisa que a resposta "só pode ser negativa para os portugueses". O Presidente aproveita o discurso para lembrar que o seu mandato está acima dos partidos, afirmando que o seu é um "mandato nacional" e é, "por sua própria natureza, mais longo e mais sufragado do que os mandatos partidários. E não depende de eleições intercalares". Com esta frase, Marcelo quer dizer que não está nem colado ao Governo nem à oposição e que, um cenário de eleições intercalares, não põe em causa o seu mandato.
Além disso, o Presidente da República considerou que "a saudável contraposição de duas fórmulas de Governo não atinge o fundamental na unidade dos portugueses". Marcelo Rebelo de Sousa passou depois pela reacção dos portugueses à crise por que Portugal passou nos últimos anos, acrescentando se "para uns, a governação actual é promissora. Para outros, um logro".
PUB
Ainda assim, o chefe de Estado vê esperança já que "para todos, contudo, uma certeza existe neste tempo: mais instabilidade, mais insegurança, não abre caminhos, fecha horizontes. E, por isso, vivem já uma distensão, impensável há escassos meses".
PUB
Apesar de deixar o desafio à união, o Presidente pede que o Governo aplique as "suas ideias" e as oposições robusteçam as suas alternativas".
Esta é para Marcelo Rebelo de Sousa a solução para dar a Portugal e, em particular, às gerações que não viveram o 25 de Abril de 1974 - e por isso não têm uma percepção tão clara dos ganhos que aquela data trouxe para o país - a esperança de um futuro melhor. "A democracia criada a partir do 25 de Abril de 1974 tem de ser recriada, todos os dias, para se não negar, nem negar futuro aos portugueses", disse.
PUB
PUB
(Notícia actualizada às 12:39)
PUB
Saber mais sobre...
Saber mais Parlamento Marcelo Rebelo de Sousa Presidente da República 25 de AbrilMais lidas
O Negócios recomenda