Medina adianta que a economia portuguesa deverá crescer acima de 6% este ano

A previsão é mais otimista do que a que consta no Orçamento do Estado para este ano, apresentado em abril, e supera as expectativas de algumas instituições que acompanham a economia nacional. Medina diz ainda que Portugal deverá chegar ao final de 2022 "com um nível de atividade acima do que tinha no pré-pandemia".
Lusa/EPA
Joana Almeida e Filomena Lança 14 de Setembro de 2022 às 12:47

O ministro das Finanças, Fernando Medina, antecipou esta quarta-feira que a economia portuguesa deverá crescer acima de 6% este ano. A nova previsão é mais otimista do que a avançada pelo Governo em abril e supera as expectativas de algumas instituições que acompanham a evolução da economia nacional.

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"O aumento do PIB vai superar as nossas expectativas de abril e deverá atingir mais de 6% este ano", referiu o ministro, em audição na comissão de Orçamento e Finanças, no Parlamento.

Os mais de 6% de crescimento económico apontados pelo Governo para este ano estão acima das previsões de 4,9% divulgadas em abril, quando foi apresentado o Orçamento do Estado para este ano (OE2022). A previsão é ainda mais otimista do que os 5,8% apontados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos 5,4% avançados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

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Na apresentação do pacote de medidas para conter o impacto da inflação nas famílias e empresas, o Governo já tinha avançado que o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 6,4% este ano. Esta é uma previsão que está alinhada com as projeções económicas divulgadas pelo Banco de Portugal.

Fernando Medina salientou também, no Parlamento, que Portugal deverá chegar ao final de 2022 "com um nível de atividade acima do que tinha no pré-pandemia" e, comparativamente à média da Zona Euro, "melhor posicionado". A contribuir para isto estão o turismo e a indústria, que "estão a responder bem" na retoma económica pós-pandemia. 

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Também o mercado de trabalho "permanece robusto", segundo o ministro, com o emprego "ao nível mais elevado desde 2008" e "mais 100 mil empregos" do que o país tinha no período pré-pandemia.

A juntar à "resiliência da economia e do mercado de trabalho", o governante destacou também "as finanças públicas controladas". "As contas continuam certas. Esta é uma garantia de segurança para o futuro e da qual não vamos – e não podemos  abdicar", garantiu.

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