Sondagem: Costa em perda, Marcelo recupera
Se a popularidade do Presidente da República recuperou ao fim de vários meses em queda, a linha do primeiro-ministro mantém o sentido descendente. No barómetro da Aximage para o Negócios e o CM, a avaliação de António Costa atingiu um novo mínimo na legislatura. E não é o único indicador a cair.
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A nota que os inquiridos dão ao primeiro-ministro bateu num novo fundo de 9,2 em Março, uma avaliação que fica longe do 13,6 conseguidos há um ano. O primeiro-ministro volta a ser ultrapassado por Catarina Martins, que com 9,4 passa a encabeçar a lista. Rui Rio sobe e apanha Assunção Cristas (7,9) acompanhado por Jerónimo de Sousa (8,2), também em alta.
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A contestação social e o ambiente de fim de ciclo também castigam o Governo. O índice de expectativas em relação ao Executivo mergulha nove pontos para 22, o nível mais baixo desde fevereiro de 2016. A quebra é comparável à que ocorreu entre junho e julho de 2017, após os incêndios na zona centro do país.
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Nem tudo são más notícias para António Costa. A percentagem de inquiridos que o prefere para primeiro-ministro sobe ligeiramente para 53,8%, enquanto a de Rui Rio baixa para 27,7%.
Naquilo que mais importa, o barómetro não é bom, nem mau. As intenções de voto no PS ficam praticamente inalteradas nos 36,3%, bem acima do PSD que baixa ligeiramente para os 23,9%, mas longe da maioria absoluta. As restantes forças políticas - CDS, BE e CDU - registam subidas ligeiras. O Aliança de Santana Lopes passa de 1,6% para 1,8% enquanto o PAN recua de 2,5% para 2,2%.
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Presidente inverte queda
Marcelo Rebelo de Sousa, que tal como o primeiro-ministro vinha em perda, recuperou em Março, subindo de 14,5 para 15,4. A percentagem de inquiridos que avalia bem a atuação do Presidente da República aumentou para 69,2%. A sondagem da Aximage, que foi realizada entre os dias 9 e 13 de março, apanhou já a recente viagem de Marcelo a Angola.
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Na frente ministerial, o barómetro não traz grandes alterações. A ministra da Saúde, Marta Temido, tem a avaliação mais negativa do Governo, com 31,5% dos inquiridos a apontarem-na como a pior. No extremo oposto está Mário Centeno, apontado por 36,3% como o melhor ministro.
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Amostra aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 600 entrevistas efectivas: 289 a homens e 311 a mulheres; 56 no Interior Norte Centro, 78 no Litoral Norte, 97 na Área Metropolitana do Porto, 116 no Litoral Centro, 170 na Área Metropolitana de Lisboa e 83 no Sul e Ilhas; 99 em aldeias, 163 em vilas e 338 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.
Técnica Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 9 a 13 de Março de 2019, com uma taxa de resposta de 73,7%.
Erro probabilístico Para o total de uma amostra aleatória simples com 600 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 4,00%).
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Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.
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