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Governo avança com "BI dos imóveis" e mais três medidas para a habitação

Luís Montenegro, no encerramento da Universidade de Verão do PSD, prometeu mais medidas para tornar a habitação mais acessível, da construção à simplificação de processos e financiamento para 133 mil habitações.

Montenegro anuncia medidas para habitação acessível, na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide
Montenegro anuncia medidas para habitação acessível, na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide Nuno Veiga/Lusa
31 de Agosto de 2025 às 13:02

O Governo vai avançar com o que chama de "bilhete de identidade dos imóveis" e financiamento para mais de 130 mil habitações, num pacote para já de quatro medidas que serão anunciadas na próxima semana, com o primeiro-ministro a prometer mais iniciativas que tornem as casas mais acessíveis.

No encerramento da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, Luís Montenegro anunciou a criação de "uma ficha única digital de cada imóvel", tratando-se de "um documento de acesso digital que vai congregar todos os documentos, certificados daquele imóvel", como o energético, o plano de manutenção, as acessibilidades ou os vários alvarás de obras". O objetivo, afirmou o primeiro-ministro é que os cidadãos e empresas "não andem a colecionar papéis", estando tudo "congregado numa única ficha", que Montenegro indicou ser uma espécie de bilhete de identidade do imóvel. Mais à frente, o objetivo é juntar também nesta ficha digita "a matriz predial das Finanças e das conservatórias".

Para esta área da habitação, o chefe do Governo prometeu ainda acelerar a disponibilização de imóveis do Estado para habitação acessível. "Todas as entidades públicas terão um prazo para dizerem porque aquele património não está a ser usado e perante as respostas transferir para o domínio da Estamo [que gere o edificado do Estado] todo o edificado que não tenha sido sujeito a uma avaliação." Vamos dizer a um departamento do Estado “tem uma casa abandonada, e não faz nada. Vamos dar à Estamo”.

O primeiro-ministro anunciou ainda que no dia 4, Portugal vai assinar com o "Banco Europeu de Investimento uma linha de crédito de mais 1.300 milhões de euros para o domínio da habitação acessível", e indicou que será negociada "uma linha de garantia com o Banco Português de Fomento para financiar as 133 mil habitações públicas que constam das estratégias locais dos municípios." 

Luís Montenegro antecipou ainda mudanças no Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) que terá "um papel de coordenação, regulação e planeamento", deixando de ser "tudo: simultaneamente, gestor organizador, proprietário, senhorio." Por outro lado, o Governo quer que o "Banco Português de Fomento seja o parceiro para o financiamento de todas as operações", com o objetivo de ter "mais casas para arrendar e comprar" a preços acessíveis. A responsabilidade de "execução, detenção e gestão do património público" passará para as autarquias. Medidas que o primeiro-ministro enquadra na simplificação da relação entre os cidadãos e o Estado. 

Notícia atualizada às 13:15 

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