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Jerónimo de Sousa ameaça chumbar Orçamento do Estado para 2021

O líder do PCP avisa António Costa que “este é o momento de opções” em matéria de Orçamento e acusa Marcelo de ter “uma visão um bocado elástica da Constituição” e de ser “mais um Presidente dos poderosos que dos trabalhadores".

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23 de Setembro de 2020 às 08:58

O PCP ainda não conhece o conteúdo da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2021, que o Governo socialista quer aprovar no Parlamento com os votos dos partidos da esquerda, mas Jerónimo de Sousa deixa desde já um aviso "claro" ao primeiro-ministro, António Costa: "este é o momento de opções".

"[Se] esse OE tiver como conteúdo a repetição do mais do mesmo, o benefício para os mesmo do costume e o prejuízo para quem trabalha ou para quem trabalhou e para a maioria dos pequenos e médios empresarios, então pergunto como podem exigir do PCP um voto a favor de um documento que reflita opções de classe, opções do lado dos poderosos", adverte o secretário-geral comunista.

António Costa deixou no ar o fantasma de uma crise política caso não haja acordo com Bloco de Esquerda e PCP sobre o OE 2021, mas os portugueses nem querem ouvir falar nesse cenário de demissão, de acordo com uma sondagem da Intercampus para o Negócios e CMTV. Se falhar à esquerda, o governante deve tentar a aprovação do documento com o PSD, liderado por Rui Rio.

Em entrevista à Antena 1, Jerónimo de Sousa acusa ainda Marcelo Rebelo de Sousa de ter "uma visão um bocado elástica da Constituição" em matérias como a legislação laboral. Por "opção política e ideológica", o Presidente da República nem sempre foi "capaz de dar corpo, substância e realização [ao] princípio de cumprimento da Constituição" e "foi mais um Presidente dos poderosos do que dos trabalhadores".

Marcelo Rebelo de Sousa foi mais um Presidente dos poderosos do que dos trabalhadores.  Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP

Jerónimo de Sousa: Marcelo tem sido o Presidente dos poderosos
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Antes das eleições para Belém, agendadas para o início do próximo ano, o partido vai ainda reunir-se em congresso para escolher o novo Comité Central, que pode ser também uma oportunidade para mudar a liderança. No cargo desde 2004, Jerónimo não abre o jogo e diz apenas que "ou sai, ou fica ou fica mais um tempinho". Elogia o candidato presidencial João Ferreira e garante nesta entrevista que "não existe um problema de gerações" no PCP.

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