Seguro afasta dissolução do Parlamento com chumbo do OE e rejeita revisão constitucional
O antigo líder do PS apresentou este domingo a candidatura às presidenciais do próximo ano. Prometeu um "pacto para a prosperidade" e aponta uma "viragem histórica".
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António José Seguro garante que se for eleito Presidente da República não dissolverá o Parlamento em caso de chumbo do Orçamento do Estado, afastando-se das decisões do atual chefe de Estado. Disse estar "preparado", não "aprendendo no cargo".
"O chumbo o OE não implicará dissolução do Parlamento", garantiu no discurso de apresentação de candidatura nas Caldas da Rainha, onde reside. O antigo secretário-geral do PS afasta-se assim das decisões de Marcelo Rebelo de Sousa, como aconteceu em 2021. "O país não pode andar de eleições em eleições de ano e meio em ano e meio", frisou, afirmando que o país não pode ter "governos a prazo".
Apresentando a candidatura como "progressista" para ter "um país justo e de excelência, onde o progresso económico anda de mãos dadas com a justiça social" e "onde o futuro não emigra", Seguro afastou também a revisão constitucional. "Com todo o respeito ao Parlamento, não considero que a revisão constitucional seja prioridade", afirmou, apontando outras prioridades como o acesso à habitação e a "cuidados de saúde atempados", a "criação de riqueza" para melhores salários e "melhores pensões".
Para tal, o agora candidato a Presidente da República propõe o que chamou de "pacto para a prosperidade", que junte "parceiros sociais, universidades, os setores mais dinâmicos da sociedade portuguesa e todos os interessados".
Para António José Seguro, o país precisa de "um projeto nacional, consensualizado, participado por todos, independentemente de quem está no Governo", e que "não pode andar aos ziguezagues". "Precisamos de governos de projeto e não governos de turnos", sublinhou.
"Sem amarras", garante
Na apresentação da candidatura, António José Seguro puxou do percurso político para se dizer preparado para o cargo. "Conheço o país real, conheço a Europa, sei o que está em jogo e sei como defender Portugal com firmeza e respeito", sublinhando que "não precisa de aprender no cargo. Chego preparado".
Apontando a candidatura como apartidária, garantiu que é "livre" e que "vive sem amarras". "Esta candidatura não é partidária nem nunca será", prometendo que será a "casa de todos e de todas as democratas que no momento difícil do nosso país se unem para preservarmos o fundamental."
Prometendo uma "nova cultura política, baseada no diálogo e no compromisso", garantiu que será um "Presidente que inspira confiança e estabilidade, que seja referência moral e não ruído mediático." E traçou o perfil o que deve ser o chefe de Estado: "um árbitro respeitado, não jogador, facilitador de consensos, não gerador de clivagens, sereno e não distante ao autoritário."
António José Seguro que se afastou da política há cerca de dez anos para evitar divisões, diz que regressa agora para "unir".
O ex-secretário-geral do PS junta-se às candidaturas de Luís Marques Mendes, Henrique Gouveia e Melo e Joana Amaral Dias já apresentadas para a corrida a Belém no próximo ano.
Notícia atualizada às 17:22
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