Médicos e farmacêuticos detidos pela PJ
No decurso da “Operação Remédio Santo II” foram detidas quatro pessoas e apreendido material relacionado com a actividade criminosa.
A PJ desencadeou esta segunda operação, no âmbito de um inquérito intitulado pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), para confirmar a “eventual prática de crimes de falsificação de documentos, burla qualificada e corrupção” no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
As 13 buscas resultaram na detenção de “quatro pessoas ligadas à actividade médica e farmacêutica” e na apreensão de “diverso material relacionado com a prática da actividade criminosa em investigação, uma viatura e elevada quantia monetária”.
Os detidos vão ser presentes às autoridades judiciárias competentes esta sexta-feira, tendo em vista o primeiro interrogatório judicial e eventual aplicação de medidas de coacção.
O Ministério da Saúde já se congratulou com estes resultados e refere que “as detenções têm na base, mais uma vez, suspeitas de emissão de receituário falso relativo a medicamentos altamente comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde”. “Além de defraudar o SNS (obtendo uma comparticipação indevida), os medicamentos em causa poderão estar a ser desviados do mercado nacional, provocando situações de escassez, assim se prejudicando duplamente os utentes e os contribuintes”, lê-se no comunicado.
Médico terá sido expulso da Função Pública
Na edição desta quinta-feira, o “CM” noticia que estes quatro detidos burlaram o Estado em quatro a cinco milhões de euros em três anos. De acordo com o mesmo jornal, os dois médicos prescreviam receitas falsas que eram aviadas nas três farmácias do farmacêutico detido, em Castelo Branco e na Covilhã. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) comparticipava os medicamentos que depois eram exportados, nomeadamente para Angola.
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