O Governo aumentou as pensões mínimas?

A subida do valor das pensões mínimas foi um dos raros temas que esta tarde aproximaram António José Seguro do Governo e da maioria parlamentar. Mas será que elas subiram mesmo?
Elisabete Miranda 03 de Abril de 2013 às 18:50

A subida do valor das pensões mínimas foi um dos raros temas que esta tarde aproximaram António José Seguro do Governo e da maioria parlamentar.

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Depois de ter sido confrontado pelo deputado Adão e Silva com o facto de o executivo ter procedido ao aumento das pensões mínimas em 2012 e 2013, ao contrário do que fizera José Sócrates no seu último ano de mandato, Seguro respondeu que concordava com a opção de Passos. E que, tanto concordava, que já a tinha proposta.

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Mas, será que o Governo tem vindo a aumentar as pensões mínimas?

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Pensões mínimas há muitas

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Quando o Governo, nomeadamente Pedro Mota Soares, repetem sucessivamente que estão a aumentar as pensões mínimas, está a referir-se a apenas uma parte delas.

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De facto, pelo segundo ano consecutivo, vão subir a pensão do regime agrícola (teve um aumento de 2,6 euros, para 237,08 euros; a pensão social (subida de 2,1 euros para 197,5 euros) e o escalão mais baixo das pensões mínimas (passou de 254 para 256,8 euros por mês).

 

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Contudo, ficaram de fora três níveis de pensões mínimas: de quem ganha 274 euros, de que aufere 303 euros/mês e de quem leva para casa 379 euros por mês.

 

Estes reformados têm a pensão congelada desde 2011 e não foram abrangidos pelos aumentos decretados actual Governo, que, apesar disso, tem sempre falado no aumento das pensões mínimas no seu todo.

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Fora do aumento ficam, assim, mais de 600 mil pessoas que também recebem pensões mínimas, contra cerca de 700 mil que tiveram direito a aumentos, segundo números oficiais referentes a 2011.

 

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Sócrates: o primeiro a congelar pensões

Como o Governo não se tem cansado de repetir, José Sócrates congelou as pensões mínimas (todas) em 2011. Ao fazê-lo, transformou-se no primeiro primeiro-ministro desde pelo menos 1988 a decidir neste sentido.

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A justificação do PS na altura foi que nem todos os pensionistas que auferem a pensão mínima são pobres, e que esses reformados, num contexto de escassez de recursos, deviam ser apoiados através do complemento solidário para idosos (CSI), uma prestação social que cobre o valor da pensão dos pobres até que ela atinja o limiar de pobreza. A verba orçamentada para o CSI sofria, contudo, uma quebra na ordem dos 2%.

 

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O actual Governo fez o contrário: restringiu o complemento solidário para idosos (CSI), aumentou parte das pensões mínimas. A outra parte dos beneficiários continua com elas congeladas pelo terceiro ano consecutivo.

 

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