Empresa mista vai construir vagões em Moçambique

São 200 as empresas portuguesas em Moçambique, 30 da construção
Maria João Babo e Celso Filipe 04 de Abril de 2011 às 10:17

O ministro das Obras Públicas, António Mendonça, acredita que ainda este ano estará definido o projecto empresarial da EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, de Portugal e da CFM - Caminhos de Ferro de Moçambique para a produção local de vagões e outro material ferroviário. À margem da conferência promovida pelo Negócios "Business Roundtable: Moçambique", António Mendonça sublinhou que "Moçambique tem neste momento vários projectos em curso de recuperação e reconversão do sector ferroviário" e que o país "vai precisar de muitos vagões, particularmente para apoiar todo o desenvolvimento da extracção mineira que está a ocorrer". Em sua opinião, esta "é uma aposta estratégica quer para a EMEF quer para Moçambique".

António Mendonça diz que internacionalização é o caminho a seguir pelas empresas.

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Não podemos estar a carpir mágoas sobre a nossa situação.

António Mendonça Ministro das Obras Públicas

O ministro adiantou que está neste momento a ser estudada a modalidade da sociedade que será criada, assim como a mobilização de capitais. "É um projecto que está em curso e espero que brevemente haja resultados", afirmou.

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António Mendonça admitiu que a actual crise pode afectar os planos de investimento. "É verdade que hoje as dificuldades são maiores, mas as empresas e instituições têm de ser mais criativas no sentido de encontrar formas de superar as dificuldades que a situação actual trás". Em sua opinião, "a internacionalização é um caminho que deve ser seguido" e "Moçambique representa um potencial muito grande porque está a fazer um esforço acelerado de desenvolvimento".

Jorge Coelho anunciou que a Suma vai criar no país empresa de resíduos urbanos e industriais.

Estamos disponíveis para aprofundar investimentos no país.

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Jorge Coelho CEO da Mota-Engil

Actualmente, disse, estão cerca de 200 empresas portuguesas em Moçambique, sendo que entre 30 a 40 são do sector da construção e obras públicas. Em sua opinião, os actuais investimentos poderão atrair também outras empresas, assim como promover o desenvolvimento das relações comerciais entre os dois países.

Na sua intervenção, António Mendonça referiu que as perspectivas de desenvolvimento entre os dois países "são encorajadoras". Em sua opinião, "existe potencial de cooperação futura na área da gestão de infra-estruturas de transportes, designadamente ferroviárias, onde a Refer apresenta disponibilidade para aprofundar a colaboração, nos domínios da consultadoria e do aconselhamento técnico". Também o lançamento de contratos de concessão de obras públicas pode permitir "o aprofundamento da cooperação entre o InIR e a Administração Nacional de Estradas". Para o responsável, Portugal pode ainda "ter um papel em termos de formação em gestão portuária".

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O chefe da diplomacia moçambicana em Portugal diz que Portugal tem tido acções concretas.

Portugal tem sido um grande parceiro de negócios.

Miguel Costa Mkaima Embaixador de Moçambique

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