Empresas estão a fugir para Espanha

Por causa da crise económica, do aumento dos impostos, particularmente do IVA e do preço dos combustíveis, muitas empresas espanholas, que nos últimos 15 anos se instalaram do lado de cá da fronteira, estão a ponderar o regresso a Espanha, noticia o «Corr
Negócios 07 de Abril de 2006 às 08:50

Por causa da crise económica, do aumento dos impostos, particularmente do IVA e do preço dos combustíveis, muitas empresas espanholas, que nos últimos 15 anos se instalaram do lado de cá da fronteira, estão a ponderar o regresso a Espanha, noticia o «Correio da Manhã».

Segundo fonte da Confederação de Empresários da Galiza, "se este estado de coisas se mantiver, há umas oito dezenas de empresas que, nos próximos dois anos, devem sair de Portugal e voltar a instalar-se em Espanha". A mesma fonte acrescenta ainda que "há pelo menos umas 30, só na Galiza, que tencionavam instalar-se em parques industriais do Norte de Portugal e que já recuaram na sua decisão".

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Apesar do baixo preço dos terrenos para indústria (cá custa 20 euros o metro quadrado e em Espanha chega aos 80) e de a mão-de-obra ser bastante mais barata, os recentes aumentos das taxas e impostos (a taxa máxima de IVA em Espanha é de 16 por cento) e o preço alto das energias estão a arrefecer o ritmo investidor dos espanhóis em Portugal.

No que toca aos combustíveis rodoviários, gasolina e gasóleo, que em Espanha custam menos 21 e 8 cêntimos respectivamente, o problema é contornável, já que, estando a maioria das empresas em parques junto à fronteira, há sempre a possibilidade de abastecerem em Espanha.

O problema são as outras energias, como gás e electricidade, que no nosso país são, em média, 20 por cento mais caras que em Espanha.

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Até há um ano, era constante a deslocalização de empresas de Espanha para Portugal. Exemplos disso são a Gestamp, Antolín, Dalphi Metal, Dayco e Rodman, que passaram da Galiza para o Minho. Mas agora a situação inverteu-se e as autoridades galegas estão também a contribuir para o estancamento da fuga de empresas e, nesse sentido, avançaram para a construção de um grande parque industrial, a par da plataforma logística de apoio ao Porto de Vigo, com mais de 430 hectares, em Salvaterra, do outro lado do rio Minho.

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