Governo quer que a ASAE tenha um "papel mais pedagógico"
A polícia alimentar deve ter um papel "mais pedagógico" na sua actuação junto das empresas portuguesas. Esta é a visão do Governo de António Costa para a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
PUB
"O que queremos hoje para a ASAE é mais claro. Queremos que a ASAE tenha todas as suas missões de fiscalização e policiamento que já tem, mas queremos que tenha um papel mais pedagógico e que em muitos casos ajude as empresas: colocando mais informação, fazendo formação, actuando preventivamente", disse o ministro da Economia esta quarta-feira, 1 de Fevereiro.
Manuel Caldeira Cabral respondia assim a uma questão do deputado do PCP, Bruno Dias, durante uma audição na comissão parlamentar de economia.
PUB
Esta nova abordagem da ASAE tem como objectivo ajudar "as empresas a cumprir a lei" de forma a "evitar riscos de intoxicação alimentar".
O ministro garantiu, contudo, que a ASAE vai manter o seu "papel penalizador para as empresas que não queiram cumprir os critérios".
PUB
"Queremos que uma parte do trabalho seja também de apoio às empresas, de apoio a ajuda-lás a cumprir a lei e a cumprir os requisitos de segurança alimentar", afirmou.
Caldeira Cabral explicou também que actualmente existe uma "negociação em curso" na ASAE, um "processo negocial que envolve os sindicatos".
PUB
Nos próximos tempos a ASAE deverá perder poderes para as autarquias, conforme avançou o Negócios a 15 de Janeiro.
O Governo propôs às câmaras que estas passem a exercer "poderes de autoridade na área da segurança alimentar". Actualmente, a ASAE e a DGAV, que respondem directamente ao Governo, assumem essas competências.
Saber mais sobre...
Saber mais Autoridade de Segurança Alimentar e Económica ASAE Manuel Caldeira Cabral Governo de António Costa PCP Bruno Dias segurança alimentarMais lidas
O Negócios recomenda