Grandes empresas devem puxar por contratações no segundo trimestre
As intenções de contratação das empresas portuguesas para o segundo trimestre de 2017 são classificadas como "moderadamente optimistas" num estudo do ManpowerGroup, que projecta uma criação líquida de emprego de +10%, cinco pontos percentuais acima do previsto para os três primeiros meses deste ano.
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Este valor resulta da diferença entre as empresas inquiridas que prevêem aumentar a sua força de trabalho (12%) e as que antecipam uma redução do número de postos de trabalho (2%), enquanto 81% estimam que não haverá alterações neste domínio entre Abril e Junho deste ano.
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Em termos de dimensão, naquilo que Nuno Gameiro, director do ManpowerGroup Portugal, classifica como "um sinal de confiança no mercado português", destacam-se as projecções para a criação líquida de emprego nas grandes empresas (18%), superiores às previstas pelas firmas de dimensão média (15%), pequena (9%) e micro (4%).
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O inquérito realizado por esta multinacional de recursos humanos mostra que a criação de emprego deverá "crescer ao dobro da velocidade" em relação ao trimestre anterior, com o gestor para o mercado nacional a assinalar que, apesar dos empregadores dos nove sectores analisados preverem um crescimento da contratação, "a sazonalidade explica a mudança nos sectores que esperam criar mais empregos".
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De acordo com o "ManpowerGroup Employment Outlook Survey" para o segundo trimestre de 2017, "a melhoria mais significativa é antecipada em Finanças, Seguros, Imobiliário e Serviços, sector no qual a projecção para a criação líquida de emprego é de 19%". Seguem-se as áreas da Restauração e Hotelaria (16%) e da Agricultura, Florestas e Pescas (15%). Por outro lado, o sector industrial (2%) e o público (4%) são os que mostram perspectivas mais moderadas.
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E é no Sul que as empresas portuguesas continuam a estar mais optimistas no que toca ao recrutamento de novos quadros, mesmo que a previsão face ao trimestre anterior se mantenha ali praticamente estável nos 12%. Mesmo progredindo melhor em relação ao que tinha sido projectado para período entre Janeiro e Março, as estimativas continuam a ser mais moderadas no Norte (10%) e no Centro (9%) do país.
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Nuno Gameiro acredita que estes valores vão ter "um efeito positivo no consumo privado, com impacto directo na economia nacional". Somando estes dados à análise ao comportamento das taxas de juro comunicadas pelo Banco Central Europeu, assinalou o gestor numa nota de imprensa com os resultados, acredita que se pode "esperar que exista um efeito positivo no crescimento do PIB" português.
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