Saint-Gobain tenta compromisso. Empresa sugere recolocar 97 trabalhadores

Empresa quer recolocar 51 trabalhadores em empresas locais e 10 em empresas do grupo em Espanha. Empresa compromete-se ainda a aumentar o montante da contrapartida financeira para os trabalhadores afetados.
Joana Almeida 24 de Setembro de 2021 às 17:21

A Saint-Gobain quer recolocar 97 trabalhadores da empresa, 51 dos quais em empresas independentes da região de Lisboa e 10 em empresas do Grupo Saint-Gobain em Espanha. Após o encerramento da fábrica em Loures, a empresa compromete-se ainda a aumentar o montante da contrapartida financeira para os trabalhadores afetados.

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A proposta foi apresentada esta sexta-feira numa reunião que juntou a Direção-Geral do Emprego e Relações de Trabalho (DGERT) e representantes dos trabalhadores e da empresa. A recolocação proposta pela multinacional francesa junta-se à já anunciada integração de seis funcionários da Saint-Gobain no armazém a instalar em Palmela.

A intenção da Saint-Gobain é que os trabalhadores sejam recolocados em "36 postos de trabalho nas empresas do Grupo Saint-Gobain em Portugal, 51 em empresas independentes da região de Lisboa e 10 em empresas do Grupo Saint-Gobain em Espanha, num total de 97 postos de trabalho". 

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"A questão das recolocações é uma das razões por que é importante avançar rapidamente com o processo negocial, pois as oportunidades de recolocação são sempre muito efémeras e se o processo se alongar podem perder-se – como foi mais uma vez salientado pelos representantes da empresa na reunião de hoje", refere a empresa, em comunicado.

A recolocação abrange a maioria dos 130 trabalhadores afetados pelo fecho da fábrica de Santa Iria da Azóia, em Loures, e será "voluntária", estando dependente da aceitação pelos trabalhadores das alternativas apresentadas.

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Foi ainda acordado que o aumento do montante da contrapartida financeira para os trabalhadores para "um valor 75% acima do valor da indemnização legal de cada trabalhador".

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Trabalhadores protestam contra despedimento coletivo

A comissão de trabalhadores da empresa diz que "não houve acordo" no processo de negociações e mantém-se contra o encerramento da única fábrica de vidro automóvel em Portugal. "Os interesses da Multinacional não se podem sobrepor aos interesses de Portugal. O Governo tem de intervir e não se pode calar", defende.

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"São razões acrescidas e inadiáveis para questionar o primeiro-ministro neste sábado, dia 25 de setembro, às 11h00, na sua residência oficial onde se vão concentrar os trabalhadores e as suas famílias e na próxima segunda-feira, dia 27 de setembro voltam a Lisboa para uma concentração junto ao Ministério do Trabalho, às 12h00, onde reunirão com os secretários de Estado da Economia e do Emprego", diz, em comunicado.

A próxima reunião entre a empresa e a comissão de trabalhadores está marcada para a próxima terça-feira, dia 28 de Setembro, às 10h00.

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