E-Fuel leva Team Astara ao Dakar 2024
Mais do que uma evolução do carro do ano passado, este 02 Concept foi alvo de uma reformulação quase completa que começou logo com a troca do motor 7.0 V8 por um mais eficiente, compacto e leve 2.9 V6 biturbo. Já a aposta no e-fuel, mantém-se.
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A aposta da Astara Team no Dakar justifica-se pela exposição mediática que uma prova deste tipo proporciona, mas também pela imagem de aventura, dureza, resiliência e desafio permanente que todos associam ao Dakar. Os números falam por si: 37 milhões de espectadores na TV e 4,5 milhões de seguidores nas redes sociais.
Neste caso, a prova que decorre pela 5ª vez na Arábia Saudita, entre 5 e 19 de janeiro de 2024, também se revela o laboratório perfeito para ensaiar novas soluções, a começar pelo combustível ‘e-fuel’ que a Astara Team utiliza e que vai ao encontro da estratégia de crescimento numa mobilidade sustentável que o Grupo (e as marcas que integra) defende a nível global.
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Este combustível sintético, 100% neutro em carbono, servirá para alimentar o Astara 02 Concept, carro que irá competir na categoria T1 (Ultimate) de duas rodas motrizes.
Ao contrário do modelo do ano passado, o 01 Concept, que utilizava um imenso V8 de 7,0 litros de cilindrada, este recorre a um motor 2.9 V6 biturbo (oriundo da Audi) que assegura cerca de 300 kW de potência e, mais importante, contribui para o peso excecionalmente baixo do conjunto (1590 kg de regulamento) e para baixar o centro de gravidade em 15 cm (sim, são mesmo 150 mm).
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A combinação do baixo peso com o centro de gravidade mais baixo também levou a alterações nas suspensões, no chassis e até no tamanho das jantes e pneus. Já a caixa de velocidades de 6 relações é fornecida pela Sadev.
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Ainda assim, uma das vantagens do ano passado, a maior velocidade de ponta (faziam 200 km/h quando a concorrência andava nos 185 a 190 km/h) foi anulada pelo regulamento que prevê uma velocidade máxima de 170 km/h por questões de segurança.
Duas piloto ao volante
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Ao volante do Astara 02 Concept, estarão duas piloto, Laia Sanz (navegada por Mauricio Gerini com quem já tinha feito equipa o ano passado) e a estreante na equipa Patrícia Pita, que terá como navegador o experiente Paolo Boggloni.
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Em conversa com Negócios, Laia Sanz relata a sua passagem das motos (onde alcançou um palmarés invejável, inclusive no Dakar) para os carros. ‘Fazer o Dakar de moto é muito exigente fisicamente e, com o passar da idade perdemos o vigor, mas, acima de tudo olhamos para os perigos da prova com outros olhos’.
‘Quando deixei de ter entusiasmo em fazer de moto, tive a oportunidade de passar para os automóveis e, agora, integrada numa estrutura tão profissional e competitiva como esta (Team Astara), estou muito feliz’.
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‘O meu objetivo é contribuir para um excelente resultado da equipa e lutar pelos lugares de liderança entre as duas rodas motrizes, mas esta 46ª edição do Dakar tem 5.000 quilómetros de extensão e 12 etapas nas areias da Arábia Saudita, pelo que a resiliência e a fiabilidade são cruciais. Ou seja, temos de fazer uma gestão muito inteligente da prova e avaliar cada etapa individualmente’.
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O Grupo Astara, anterior Bergé Auto, representa em Portugal as marcas Aiways, Fuso, Isuzu, Maxus, Mitsubishi, Kia e Piaggio Comercial.
* Em Madrid, a convite da Astara
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