Nuno Vasconcellos reclama 10 milhões a empresa da Ongoing
O presidente executivo da Ongoing, Nuno Vasconcellos, tem um crédito de praticamente 10 milhões de euros a receber de uma empresa do grupo, a Insight Strategic Investments. A sociedade está neste momento a tentar evitar a insolvência, numa recuperação que está nas mãos do Banco Comercial Português.
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O financiamento contraído pela Insight perante Nuno Vasconcellos é de 9,3 milhões de euros, a que acrescem ainda juros de 652 mil euros, o que perfaz o valor global de 9,98 milhões de euros. A informação consta da lista provisória de créditos publicada no portal Citius no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) que a empresa solicitou em Março.
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Apesar de constar da dívida na lista de créditos provisória da Insight, Nuno Vasconcellos não tinha qualquer dívida reclamada na lista de outra empresa do grupo, a Ongoing Strategy Investments.
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Vasconcellos é o terceiro maior credor da Insight Strategic Investments, atrás de um banco luxemburguês de gestão de activos, CBP Quilvest, com financiamentos de 10 milhões de euros, e do BCP, de longe, o principal credor da empresa do grupo, com 282,7 milhões.
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Contudo, o gestor, por estar associado à empresa, tem o seu crédito considerado como subordinado pelo que, de acordo com a lista provisória, não tem direito a votar no PER.
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Grupo Ongoing deve 283 milhões ao BCP
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Ao todo, a Insight tem uma dívida de 310 milhões de euros, 92% da qual pertence ao BCP. A dívida que esta empresa tem perante o banco presidido por Nuno Amado é 282,7 milhões de euros (270 milhões de capital acrescidos de 12,7 milhões de juros) resulta sobretudo de financiamentos, que estão garantidos. No entanto, não é indicada a garantia em causa.
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Um crédito exactamente do mesmo capital reclamado pelo BCP já tinha surgido na lista de devedores da Ongoing Strategic Investments. O banco não faz comentários.
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A Insight, que tinha como accionista maioritária era a Ongoing, possuía uma participação maioritária sobre a Nivalis que tinha uma participação na Pharol, que chegou a ser de 10% na antiga Portugal Telecom. Uma parte dessa posição foi executiva pelo BCP, mas não é possível perceber se o penhor que permitiu essa hipoteca está relacionado com estes investimentos. Contactada, a assessoria de imprensa do banco não fez comentários.
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