Paulo Macedo: Créditos mediáticos vão ser recuperados pela CGD
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) não vai vender os créditos mediáticos em incumprimento. Estes vão ficar do lado do banco estatal, que vai tentar reaver o dinheiro perdido. A garantia é deixada pelo presidente da instituição financeira, Paulo Macedo, na comissão de Orçamento e Finanças.
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"Os créditos mediáticos ficarão connosco. Devem ser recuperados por nós", afirmou o gestor perante os deputados, numa audição sobre a auditoria da EY a 15 anos de gestão da Caixa.
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Foi neste documento que a auditora revelou que foram cedidos montantes elevados a várias entidades, mesmo perante pareceres desfavoráveis ou ausência de posição da Direção de Risco da CGD.
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O gestor notou que a CGD está determinada a reaver o dinheiro perdido "mesmo em condições muito difíceis".
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Na apresentação dos resultados anuais de 2018, o gestor já tinha deixado a garantia de que a CGD "deve ser ressarcida se o puder ser". Na mesma ocasião, afirmou que o relatório sobre a gestão do banco estatal mostra "situações anormais" no período em análise, garantindo, contudo, que a Caixa "não é um tribunal" e não fará o trabalho das autoridades.
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"Há uma análise periódica dos 50 casos principais. Desses, os créditos ficarão connosco", disse Macedo, sublinhando que estes não serão vendidos "nem pelo preço do mercado". Isto porque "estes casos emblemáticos devem ser recuperados por nós".
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Sobre o papel do Estado, Paulo Macedo afirmou, na mesma audição, que não cabe ao acionista "intrometer-se na concessão de crédito", nem na política de prémios ou na compra e venda de ativos.
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