Travão às comissões: "De boas intenções teóricas está o inferno real cheio", diz António Ramalho

António Ramalho, presidente executivo do Novo Banco, considera que os serviços têm de ser pagos para serem bem prestados", referindo-se ao travão às comissões aprovado no Parlamento, na quinta-feira.
Miguel Baltazar
Rita Atalaia 28 de Fevereiro de 2020 às 17:59

António Ramalho, presidente do Novo Banco, diz acreditar que os partidos estão "cheios de boas intenções teóricas" no travão às comissões bancárias, aprovado ontem no Parlamento, na generalidade. Mas relembra: os serviços, para serem bem prestados, têm de ser pagos. 

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"Uma coisa é ser técnico, outra coisa é ser político. Mal dos técnicos quando querem ser políticos e mal dos políticos quando querem ser técnicos", afirmou António Ramalho, CEO do Novo Banco, quando questionado sobre o travão às comissões bancárias que foi aprovado ontem no Parlamento, na generalidade.

"Acredito que todos estejam cheios de boas intenções teóricas", mas o "o inferno real está cheio de boas intenções teóricas", afirmou ainda o presidente executivo do banco que resultou da resolução do Banco Espírito Santo, no dia em que a entidade apresentou prejuízos de 1.058,8 milhões de euros e confirmou que vai pedir 1.037 milhões de euros ao Fundo de Resolução. 

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De acordo com o gestor, "os serviços têm de ser pagos para serem bem prestados". E quando passam a ser gratuitos "tendem a não ser prestados ou a ser prestados com má qualidade", rematou.

Foi na quinta-feira que o Parlamento aprovou uma proposta do PS que limita as comissões bancárias em plataformas eletrónicas como MB Way foi aprovada, esta quinta-feira, na generalidade. As propostas do Bloco de Esquerda, PCP e PAN, que visam proibir estas comissões, baixaram à especialidade sem votação. Outras comissões em cima da mesa dizem respeito ao distrate ou emissão de declaração de dívida.

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