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Fitch: Bancos portugueses vulneráveis ao elevado endividamento da economia

A agência de notação financeira Fitch diz que os bancos portugueses têm um reduzido espaço de manobra para reforçar capital e obter resultados adequados.

Fitch
Fitch
22 de Setembro de 2016 às 12:35

A Fitch Ratings considera que a qualidade dos activos é ainda um factor de fraqueza para as instituições financeiras portuguesas, que estão "vulneráveis aos riscos que advêm do elevado endividamento da economia portuguesa".

A conclusão surge num relatório publicado esta quinta-feira pela agência de notação financeira, onde acrescenta que a fraca qualidade dos activos deixa os bancos portugueses a "operar num ambiente difícil para reforçarem capital e entregarem lucros adequados".

A Fitch lembra que a economia portuguesa recuperou de uma "profunda recessão em 2013", estimando um crescimento do PIB de 1,2% este ano e 1,4% em 2017.

Para ilustrar o problema da fraca qualidade dos activos, a Fitch refere que nos casos da Caixa Geral de Depósitos, Banco Comercial Português e Montepio os activos problemáticos sem reservas constituídas superam o valor do capital das instituições.

O Santander Totta é o banco português com a "melhor posição" em termos de capital, "enquanto a maioria dos restantes está sob pressão" para melhorar os níveis de capital, refere a Fitch, que destaca que a CGD não enfrenta a imposição dos reguladores para aumentar capital, sendo que a injecção de 2,7 mil milhões de euros será para reforçar o financiamento e apoiar o crescimento económico.

Quanto ao BCP, "a posição de capital é vulnerável, o que está reflectido no rating", embora "as negociações com a Fosun para injectar capital podem representar algum alívio".

A agência conclui que a melhoria da qualidade dos activos dos bancos portugueses "vai depender largamente dos desenvolvimentos económicos positivos em Portugal e uma recuperação dos preços em Portugal, dois temas que nesta altura não parecem promissores".

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