Banco de Portugal aposta em fundo "verde" do BIS
O banco central considera que a participação no fundo "verde" do BIS vai permitir dar "mais um passo na concretização do compromisso de contribuir para o esforço global de promoção dos objetivos ambientais". Isto numa altura em que as alterações climáticas estão na ordem do dia.
O Banco de Portugal está a apostar em obrigações "verdes". O banco central vai participar num fundo aberto criado pelo Banco de Pagamentos Internacionais (BIS) e que é exclusivo para bancos centrais que queiram dedicar-se a investimentos mais amigos do ambiente.
"Ao integrar requisitos de sustentabilidade na gestão dos seus ativos de investimento, o Banco de Portugal dá mais um passo na concretização do compromisso de contribuir, no âmbito do seu mandato, para o esforço global de promoção dos objetivos ambientais e, em particular, para o combate às alterações climáticas", afirma o banco liderado por Carlos Costa num comunicado divulgado esta quinta-feira, 26 de setembro. Um passo que é dado depois de o secretário-geral da ONU, António Guterres, ter alertado os líderes mundiais, na Cimeira da Ação Climática que decorreu esta semana, que ainda "não é demasiado tarde" para fazer face às alterações climáticas, mas que o tempo se está a esgotar.
Um passo que é dado depois de o secretário-geral da ONU, António Guterres, ter alertado os líderes mundiais, na Cimeira da Ação Climática que decorreu esta semana, que ainda "não é demasiado tarde" para fazer face às alterações climáticas, mas que o tempo se está a esgotar.
"Estamos confiantes de que, ao agregarmos o poder de investimento dos bancos centrais, poderemos influenciar o comportamento dos participantes do mercado e ter algum impacto na forma como se desenvolvem os padrões dos investimentos 'verdes'", afirmou Peter Zöllner, responsável do BIS.
O BIS refere explica que este fundo conta com o "apoio de um comité consultivo composto por um grupo de bancos centrais a nível global". O Banco de Portugal é uma das entidades que participa nesta entidade, ajudando a "definir as caraterísticas e as orientações deste novo fundo de investimento, destinado exclusivamente a bancos centrais", refere o banco central.
As obrigações elegíveis para este fundo têm de cumprir determinados critérios, nomeadamente ter, no mínimo, rating A- e seguir os princípios da ICMA (International Capital Markets Association).
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