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CEO da Caixa: "Temos cerca de 3600 créditos em reestruturação"

Caixa Geral de Depósitos abriu 37 mil processos de renegociação, mas apenas 3600 foram renegociados. E destes, 2 mil foram antes do decreto lei do Governo.

Paulo Macedo
Paulo Macedo Duarte Roriz
02 de Março de 2023 às 18:17

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) renegociou cerca de 3600 créditos à habitação, avançou o CEO da instituição na conferência de imprensa de apresentação dos resultados de 2022.

"Abrimos cerca de 37 mil PARI", afirmou Paulo Macedo, referindo-se aos processos no âmbito do Plano de Ação para o Risco de Incumprimento. O presidente avançou que a a CGD tem em processo de reestruturação cerca de 3600 clientes".

Este valor inclui, no entanto, cerca de 2 milhares de contratos que foram renegociados ainda antes do decreto lei do governo, publicado no ano passado, que ditou a obrigação dos bancos analisarem os créditos dos clientes e proporem alternativas quando a taxa de esforço ultrapassa certos patamares.

Realçando que apenas 10% dos clientes do banco público têm crédito à habitação, Macedo avançou que o valor médio contratado por contrato é 81 mil euros, o valor médio em dívida na carteira é de 52 mil euros de operações contratadas entre 1981 e 2023. A prestação média é de 289 euros.

"Temos um conjunto de famílias que precisa da reestruturação em que a taxa de esforço foi ultrapassada e [o crédito] foi renegociado, quer com abordagem dos clientes quer com abordagens da Caixa".

"Temos outros clientes que mesmo ultrapassando as taxas, não recorrem à negociação", afirmou".

O presidente da instituição financeira do Estado argumenta que "uma outra questão que explica que estes números sejam menores do que se poderia pensar é que tem havido amortizações de crédito à habitação".

A Caixa não teve "nenhum grande afluxo aos balcões", sublinhou.

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