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Ex-banqueiro espanhol em prisão preventiva sem fiança

Acusado de branquear cerca de 13 milhões de euros, Mario Conde, ficou agora detido sem direito ao pagamento de fiança. O juiz considera que há riscos de fuga e destruição de provas.

mario conde banesto
mario conde banesto
14 de Abril de 2016 às 09:48

O ex-presidente do Banesto, Mario Conde, regressou à prisão de Soto del Real depois do juiz, Santiago Pedraz, ter decretado prisão preventiva, sem direito ao pagamente de qualquer fiança ao banqueiro e ao seu advogado.

O magistrado também decretou medidas cautelares aos restantes investigados. A filha de Conde, Alejandra, permanecerá sob prisão domiciliária por motivos pessoais. Em relação ao filho do ex-banqueiro, Mario, e ao resto dos detidos na segunda-feira - Francisco de Asís Cuesta, María Cristina Fernández Álvarez y Roland Stankek - terão que comparecer, semanalmente, no tribunal, entregar o passaporte e estão impedidos de sair de Espanha.

De acordo com o juiz, a decisão de manter presos Mario Conde,  advogado e a filha está relacionada com os receios de fuga e destruição de provas.

Tanto eles como os restantes envolvidos estão a ser investigados por alegados delitos de branqueamento de capitais, oito delitos contra o Estado, participação e práticas em organizações criminosas.

Conde é acusado de branquear mais de 13 milhões de euros do Banesto. Fundos de precediam de delitos pelos quais já tinha sido condenado nos casos "Argentia Trust" e "Banesto".

Durante a sua declaração perante o juiz, Conde negou todos os crimes que lhe são imputados e disse que vai poder provar a origem do dinheiro.

 

O advogado de defesa, Ignacio Peláez, opôs-se à prisão alegando que não existem ricos de fuga, já que após a sua condenação, no caso "Banesto" nunca quebrou a obrigação de comparecer em tribunal e sempre esteve localizável. Para o advogado, citado pelo Expansión, nem sequer existe o risco de destruição de provas.

A investigação partiu de um alerta do Servicio de Prevención del Blanqueo de Capitales (SEPBLAC) e que serviu para dar início a investigações em Setembro de 2014. Depois de mais de um ano e meio de buscas para obter indicios, o departamento de anti-corrupção apresentou uma queixa, a 29 de Março.

 

A operação indicia que as sociedades em Espanha se encontravam em nome de terceiras pessoas. O dinheiro estava repartido, em pequenas quantidades, desde o exterior até ao território nacional, através de empréstimos, aplicações de capital e dinheiro vivo.

Em concreto, Mario Conde, foi condenado nos casos "Argentia Trust" (a 20 de Março de 1997 e pelo Supremo Tribunal de 26 de Fevereiro de 1998) e no caso "Banesto" (31 de Março de 2000 e pelo Supremo de 29 de Julho de 2002).

O banco que presidia foi intervencionado 1993 pelo Banco de Espanha depois de registar um buraco de 2.700 milhões de euros.

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