pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Fosun vai injetar quase 500 milhões de euros para resgatar a Thomas Cook

A empresa de viagens mais antiga do mundo, a britânica Thomas Cook, vai receber um resgate de quase mil milhões de euros. Os chineses da Fosun, principais acionistas do BCP e donos da seguradora Fidelidade e da Luz Saúde, vão avançar com 450 milhões de libras (quase 500 milhões de euros).

Liang Xinjun Guo Guangchang Fosun
Liang Xinjun Guo Guangchang Fosun Reuters
28 de Agosto de 2019 às 08:01

A Fosun vai injetar 450 milhões de libras britânicas – o equivalente a 498,4  milhões de euros – na operadora turística Thomas Cook, contribuindo com uma larga fatia para um resgate de quase mil milhões de euros.

O objetivo é retirar a empresa da atual situação de endividamento. Com esta operação, os chineses da Fosun deverão ficar com pelo menos 75% das ações da Thomas Cook e 25% da companhia aérea do grupo. Os bancos e obrigacionistas vão contribuir com a restante quantia, convertendo a dívida em ações.

A implementação deste acordo está ainda sujeita à aprovação legal e das entidades reguladoras de concorrência, mas a transação tem data marcada para o próximo mês de outubro.

A intenção da administração é a de manter a Thomas Cook em bolsa. Contudo, há a hipótese de o processo de injeção de capital leve ao cancelamento da cotação da empresa nos mercados.

Em meados de julho, foi noticiado que a Thomas Cook esperava uma ajuda superior, de cerca de 830 milhões de euros, da parte da Fosun Tourism.

A Thomas Cook, que é empresa de viagens mais antiga do mundo, tem sofrido com a redução da procura pelos seus pacotes de férias, a onda de calor vivida no verão passado na Europa – que ditou mais férias domésticas - e uma dívida alta. Esta situa-se nos 1,8 mil milhões de libras (2 mil milhões de euros), de acordo com os dados da Refinitiv, citados pela Reuters.

A notícia chega um dia após a apresentação de resultados do grupo chinês. O grupo Fosun, principal acionista do BCP e dono da seguradora Fidelidade e da Luz Saúde, obteve lucros de 7,6 mil milhões de yuan (cerca de 957 milhões de euros) no primeiro semestre deste ano, valor que representa um aumento de 10,9% em relação a igual período do ano passado. Perante estes resultados, a administração do conglomerado chinês decidiu propor, pela primeira vez, o pagamento de dividendos intercalares aos acionistas.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio