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Gerentes do BES vendiam papel comercial sem saber o que era

O Ministério Público ouviu dezenas de gestores de conta e todos afirmaram que “nunca lhes foi transmitida a real situação do GES, da qual tomaram conhecimento com o descalabro do grupo apenas revelado pela comunicação social”, em 2014.

Ricardo Salgado

Ricardo Salgado
Crimes: 65
Associação criminosa; corrupção ativa no setor privado; falsificação de documento; burla qualificada; manipulação de mercado; infidelidade; branqueamento.

É o rosto principal deste processo. O ex-presidente do BES liderava um dos cinco ramos familiares do Grupo Espírito Santo (GES). O antigo "dono disto tudo" é acusado de 65 crimes: associação criminosa, 29 de burla qualificada, 12 de corrupção ativa, nove de falsificação de documento, sete de branqueamento de capitais, seis de infidelidade e um de manipulação de mercado.

16 de Julho de 2020 às 09:30
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Quando vendiam papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) aos clientes de retalho, os comerciais do BES pensavam que o produto era semelhante aos depósitos, “mas com melhores condições para os clientes”. O desconhecimento sobre a natureza do produto, que servia para financiar uma empresa falida, era transversal e chegava às chefias. No despacho de acusação do caso BES, o Ministério Público conclui que o topo da pirâmide do GES, constituído por Ricardo Salgado, Amílcar Morais Pires, Isabel Almeida, José Castella e Francisco Machado da Cruz, montou uma “máquina” para “a sedução dos clientes para este novo produto”. E que a informação que chegava a quem vendia o papel comercial “apresenta como principal tónica a manipulação”.

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