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Perguntas da Concorrência enviesadas? “Estamos de acordo com o que disse Vítor Bento”

Presidente do BCP garante que no mercado bancário não falta concorrência e por isso concorda com o presidente da Associação de Bancos, que considera que as perguntas da consulta pública da Autoridade da Concorrência são enviesadas e apontam para conclusões pré-determinadas.

Miguel Maya, CEO do BCP, na apresentação de resultados do primeiro semestre de 2025.
Miguel Maya, CEO do BCP, na apresentação de resultados do primeiro semestre de 2025. Manuel de Almeida/Lusa
30 de Julho de 2025 às 18:08

Miguel Maya aponta a mira à Autoridade da Concorrência (AdC): questionado sobre a consulta pública levada a cabo pelo supervisor, e sobre a qualificação do presidente da Associação Portuguesa de Banco (APB), que a descreve como “enviesada” e pensada para “resultados pré-determinados”. Questionado sobre se se revê nas criticas do presidente da APB, o presidente do BCP não deixa dúvidas: “Estamos de acordo com o que disse Vítor Bento”.

“É natural que haja desconforto quando se perceciona que não há ausência de concorrência”, argumentou o CEO do Millennium. “Se a Autoridade da Concorrência entendeu que há motivos para fazer a consulta, que faça, mas é preciso fazer as perguntas de forma neutra”, atirou Miguel Maya. "E nesse sentido estamos de acordo com o que disse o professor Vítor Bento", concluiu.

Em entrevista ao Negócios e Antena 1 há uma semana, Vítor Bento considerou que as perguntas formuladas na não são imparciais e procuram, através da sua formulação, chegar a resultados decididos à partida.

"A consulta já parte de conclusões. Está completamente dirigida para obter resultados predeterminados", apontou o presidente da associação que representa o setor financeiro nacional. 

Vítor Bento acrescentou que a consulta "Tem os vícios típicos de quando se quer orientar processos de decisão num determinado sentido. Tem vício de formatação. Os temas estão formatados de forma a gerar determinada resposta. É dada uma âncora para a resposta, para as pessoas se prenderem essa âncora. E visam o viés confirmatório, porque com a forma como está feita, praticamente só vão responder as pessoas descontentes. Quem estiver discordante com os pré-juízos da consulta não tem nenhum incentivo para responder. O resultado vai ser obviamente orientado no sentido das conclusões que se querem".

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