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"Tweets" sobre discriminação do Apple Card levam a investigação ao Goldman Sachs

Um regulador de Wall Street abriu uma investigação sobre as práticas do cartão de crédito do banco norte-americano, depois de vários tweets acusarem o novo algoritmo do Apple Card de discriminação de género.

reuters
11 de Novembro de 2019 às 10:41

Uma série de publicações no Twitter feitas por David Heinemeier Hansson, na passada quinta-feira, começaram a ser republicadas e a ganhar força na rede social. O programador dinamarquês alegou que o novo algoritmo do cartão da Apple, sobre o limite do crédito, é discriminatório para as mulheres.

Hansson começou por dizer que o Apple Card lhe dava um limite de crédito 20 vezes superior, face ao que a sua esposa tinha.

The @AppleCard is such a fucking sexist program. My wife and I filed joint tax returns, live in a community-property state, and have been married for a long time. Yet Apple’s black box algorithm thinks I deserve 20x the credit limit she does. No appeals work.

Os "tweets" ganharam ainda mais força depois de terem sido comentados pelo co-fundador da Apple, Steve Wozniak, que não só concordou com o programador dinamarquês, como disse que o mesmo lhe acontecia.

The same thing happened to us. I got 10x the credit limit. We have no separate bank or credit card accounts or any separate assets. Hard to get to a human for a correction though. It's big tech in 2019.

A situação ganhou tanto impacto na rede social que o departamento dos serviços financeiros de Nova Iorque abriu uma investigação à conduta do Goldman Sachs. "O departamento conduzirá uma investigação para determinar se a lei de Nova Iorque foi violada e garantir que todos os consumidores são tratados igualmente, independentemente do sexo ", afirmou Linda Lacewell, porta-voz do departamento de serviços financeiros.

"Qualquer algoritmo que intencionalmente, ou não, resulte em tratamento discriminatório para as mulheres ou qualquer outra classe de pessoas protegidas viola a lei", acrescentou.

Apple Card oferece apenas contas individuais e é possível para dois membros da família receberem decisões de crédito diferentes, disse um porta-voz do Goldman. "Em todo o caso, não tomamos e não tomaremos decisões com base em fatores como género", adiantou. 

"Qualquer algoritmo que intencionalmente, ou não, resulte em tratamento discriminatório para as mulheres ou qualquer outra classe de pessoas protegidas viola a lei", acrescentou.

Hansson disse que a resposta do Goldman não explica aquilo que aconteceu.

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