Jerónimo Martins com olhar atento a aquisições para atingir 50 mil milhões em vendas

A dona do Pingo Doce é cautelosa nas aquisições que faz, mas esta é uma das soluções em cima da mesa para chegar ao objetivo "ambicioso" de 50 mil milhões de euros em receitas até 2030.
Pingo Doce Distribuição Retalho
Miguel Baltazar Negócios
Inês Pinto Miguel 04 de Agosto de 2025 às 10:58

A dona do Pingo Doce traçou uma meta para atingir 50 mil milhões de euros em receitas até 2030, e o tema tem gerado discussões internas dentro do grupo e, ao que tudo aponta, terá de recorrer a novas aquisições para chegar ao objetivo. 

Com as vendas a chegarem aos , a Jerónimo Martins pode mesmo ter de adotar uma estratégia mais agressiva para fazer crescer o número nos próximos cinco anos. Só nos primeiros seis meses deste ano, as , num aumento de 6,7%.

PUB

"Se os 50 mil milhões podem ser alcaçados com ou sem fusões e aquisições? Diria que, muito provavelmente, com elas", disse a diretora financeira, Ana Luísa Virgínia, em entrevista à Bloomberg. Ainda que a família Soares dos Santos não tenha divulgado o plano, esta é uma ambição para o grupo. 

A última grande aquisição foi há quase 20 anos e deste então tem vindo a fazer negócios mais pequenos, quando , com operação em Portugal e na Polónia, ao grupo Tengelmann em 2008 por 320 milhões de euros.

O mais recente negócio aconteceu na Colômbia com a compra de 75 supermercados da Colsubsidio, sendo que o grupo quer entre a Polónia, Colômbia e Portugal.

PUB

De acordo com analistas consultados pela publicação, a dona do Pingo Doce e da Biedronka pode olhar para os seus rivais na Polónia, nomeadamente para a retalhista francesa Carrefour, que tem feito uma revisão ao seu portfólio para melhorar a sua avaliação. Contudo, a diretora financeira afirma que comprar operações da Carrefour na Polónia é impossível devido às regras anti-monopólio, onde a Jerónimo Martins controla quase 30% do mercado.

“Acreditamos que ainda existem espaços em branco no mercado polaco que preferimos ocupar nós mesmos em vez de deixá-los para nossos concorrentes", sustentou Ana Luísa Virgínia. 

A diretora financeira apontou que o grupo é cauteloso nas operações que faz. “Somos muito cautelosos. Até agora, só adquirimos coisas que faziam sentido para o nosso negócio. Não compramos para vender, e isso, claro, significa que fazemos fusões e aquisições a cada 10 anos, mais ou menos", afirmou.

PUB
Pub
Pub
Pub