Ações da Duro Felguera, participada da Mota-Engil, suspensas em Madrid
O supervisor da bolsa espanhola suspendeu esta terça-feira de forma "cautelar" a negociação das ações da Duro Felguera.
As ações da Duro Felguera, empresa espanhola na qual a Mota-Engil detém uma posição de cerca de 12%, foram suspensas esta terça-feira "de forma cautelar" pela Comission Nacional del Mercado de Valores (CNMV), supervisor da bolsa espanhola.
A decisão, explica a CNMV, manter-se-á até que seja comunicada "informação relevante" sobre a empresa.
A Duro Felguera revelou a 2 de outubro que o tribunal tinha rejeitado o seu pedido para uma extensão extraordinária da proteção contra credores até 20 de outubro por forma a ultimar um acordo que permita apresentar o plano de recuperação.
Posteriormente, num segundo comunicado, a empresa indicou que, apesar dessa recusa do tribunal em conceder o que seria o quarto alargamento do prazo, poderá apresentar um pedido de homologação do plano de recuperação ao tribunal até 31 de outubro.
A Duro Felguera chegou a acordo com o principal credor, a SEPI, sociedade que gere as participações empresariais do Estado espanhol, para alargar de forma substancial os prazos de pagamento de um empréstimo concedido no âmbito dos apoios durante a pandemia da covid-19. A empresa estaria também a fechar os últimos detalhes para um acordo com os bancos credores que prevê um perdão da quase totalidade da dívida de 14 milhões.
Estes dois acordos dependiam da injeção de 10 milhões de euros por parte do núcleo duro acionista, composto pelo grupo mexicano Prodi, quer diretamente, quer através da Mota-Engil México, na qual a construtora portuguesa controla 51% e o grupo mexicano os restantes 49%.
A construtora portuguesa reiterou por diversas vezes que não iria injetar, de imediato, mais dinheiro na Duro Felguera.
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