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Participada da Mota-Engil afunda 30% após "chumbo" de tribunal a extensão de prazo

A Duro Felguera, na qual a Mota-Engil detém 12%, viu o tribunal rejeitar o pedido de prorrogação da proteção contra credores até 20 de outubro. As ações da empresa espanhola afundaram mais de 30% para mínimos de março de 2020.

DR
18:22

A espanhola Duro Felguera sofreu esta quinta-feira um tombo de 30% em bolsa, tendo chegado a cair 33,82%, após comunicar que o seu pedido para que o período de proteção contra credores fosse prolongado até 20 de outubro. 

A empresa já tinha pedido três prolongamentos do prazo, o último dos quais terminou a 30 de setembro. O tribunal tinha indicado, quando concedeu a anterior extensão, que essa seria a última.

Entretanto, a Duro Felguera anunciou recentemente que tinha acordado com a SEPI - empresa pública que gere as participações do Estado espanhol -, o seu maior credor, um prolongamento no prazo de reembolso dos 120 milhões recebidos através de um fundo de apoio por ocasião da pandemia da covid-19. Adicionalmente, a construtora está prestes a fechar com os bancos credores um compromisso que se traduz num perdão de 98% dos 14 milhões em dívida. Estes acordos, essenciais para a sobrevivência da empresa, foram possíveis após o seu maior acionista, o mexicano grupo Prodi, se comprometer a injetar 10 milhões de euros. A Mota-Engil, parceira do grupo mexicano, não terá, para já, de colocar dinheiro adicional.

Num segundo comunicado ao mercado difundido esta quinta-feira, contudo, a Duro Felguera indica que tem até 31 de outubro para solicitar ao tribunal a homologação de um plano de reestruturação, que pretende apresentar assim que estejam garantidas as "maiorias necessárias", para evitar a insolvência. 

O impacto da decisão do tribunal foi, ainda assim, devastador nas ações da empresa. Os títulos tocaram os 0,18 euros, mínimos desde março de 2020, e fecharam a afundar 20,15%, nos 0,19 euros. O valor em bolsa da empresa caiu quase 18 milhões num só dia, para os 40,9 milhões de euros.

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