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Galp entra na produção de gás na Venezuela

A Galp assina hoje um conjunto de seis acordos com a Petróleos da Venezuela (PDVSA), nos sectores do gás, petróleo e energias renováveis. A assinatura dos acordos, previsto inicialmente para amanhã, na Faixa Orinoco, deverá ser antecipada para esta tarde,

13 de Maio de 2008 às 18:41

A Galp assina hoje um conjunto de seis acordos com a Petróleos da Venezuela (PDVSA), nos sectores do gás, petróleo e energias renováveis. A assinatura dos acordos, previsto inicialmente para amanhã, na Faixa Orinoco, deverá ser antecipada para esta tarde, tendo lugar em Caracas, depois do encontro de José Sócrates com Hugo Chavez.

O primeiro acordo entre a Galp e a PDVSA, diz respeito à constituição de empresas mistas de transporte e liquefação de gás natural, marcando assim a entrada da petrolífera portuguesa nesta áreas de negócio.

A Galp vai ter 15% das duas fábricas de liquefação da Venezuela cada uma com 6,5 bcb (milhões de metros cúbicos), soube o Jornal de Negócios junto de fonte oficial da empresa. O objectivo é que as duas fábricas estejam a operar antes de 2014 e os investimentos ainda não estão quantificados.

Até agora a Galp operava apenas no transporte , distribuição e comercialização de gás em Portugal e Espanha.

No âmbito deste acordo, a Galp poderá vir a adquirir 2 mil milhões de metros cúbicos por ano de gás natural liquefeito (GNL), considerado "fundamental para a segurança de abastecimento em Portugal", disse uma fonte da petrolífera ao Jornal de Negócios.

As duas empresas vão ainda assinar um outro acordo para a avaliação de um negócio integrado de produção de GNL nos blocos Blanquilla.

A Galp comprou o pacote de dados, com a informação sobre este blocos, vai fazer a quantificação das reservas para apurar a viabilidade da produção de gás naquele local.

Os acordos na área do gás vão permitir que em 2013/2014 cerca de um terço do consumo de gás em Portugal seja abastecido a partir da Venezuela.

Na área do petróleo, a Galp e a PDVSA vão estabelecer um acordo para o estudo conjunto de desenvolvimento do bloco Boyaca 6, no Orinoco. Em paralelo, será firmado um acordo para a compra de petróleo pela Galp à Venezuaela, que vai servir de base ao acordo de exportações esta manhã entre os dois países, no âmbito do qual as empresas portuguesas vão fornecer alimentos, medicamentos e serviços do sector naval aos venezuelanos.

Galp pode constituir empresa para comercialização do petróleo na Venezuela

A Galp já tem uma equipa na Venezuela a quantificar o nível de reservas médio, com o objectivo de, até ao final de 2009, constituir uma empresa mista para comercialização do petróleo aqui produzido no mercado internacional.

A PDVSA vai ficar com 60% desta sociedade, não estando ainda definida a participação da Galp que poderá ir aos 40% se não entrarem novos parceiros.

Após os acordos, cerca de 4% do petróleo deverá provir daquele país, ou seja entre 2 a 4 milhões de barris por ano. Este ano vão duas cargas, ou seja, dois milhões de barris, no segundo semestre. No que respeita às eólicas o previsto no acordo é de 72 megawatts, após 2009, e abrange o estudo de quatro locais: Isla Margarita; Isla de Coche; Chacocata e La Guarida.

Na área das renováveis, a Galp Energia vai assinar um memorando de entendimento com a PDVSA para a construção de parques eólicos na Venezuela através da participada Ventiveste.

Aparte dos acordos da Galp, deverá ser firmado e assinado a base de entendimento para a constituição de um consórcio luso-germano-venezuelano, liderado pela Coch Portugal e a Enelven, para o fornecimento de duas centrais de ciclo combinado no valor de 600 milhões de euros.

Por Tânia Ferreira, em Caracas

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