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37% dos responsáveis locais portugueses quer UE a mitigar preços da energia

O número dos responsáveis portugueses está abaixo da média europeia, já que o valor sobe para 48% quando a amostra se alarga a responsáveis locais e regionais dos 27 Estados-membros da UE.

11 de Outubro de 2022 às 15:37

Quase 40% dos responsáveis portugueses inquiridos no barómetro europeu elaborado no âmbito do relatório sobre o Estado das Regiões e Cidades na União Europeia (UE), divulgado esta terça-feira, quer os fundos regionais aplicados à mitigação dos crescentes preços da energia.

De acordo com o documento, à pergunta sobre "quais deveriam ser os principais objetivos do financiamento da UE para o desenvolvimento futuro da sua cidade ou região", 37% dos 108 responsáveis regionais ou locais portugueses que responderam escolheram a "mitigação da oscilação dos preços da energia".

O número dos responsáveis portugueses está abaixo da média europeia, já que o valor sobe para 48% quando a amostra se alarga a responsáveis locais e regionais dos 27 Estados-membros da UE.

Na segunda-feira, a comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, disse querer proteger o próximo quadro dos fundos de coesão do combate à atual crise energética, privilegiando o quadro de 2014-2020, que pode ser usado até 2023.

No âmbito do barómetro divulgado esta terça-feira, a maior percentagem apontada pelos responsáveis portugueses vai para a "mitigação do impacto da crise climática", com 47%, acima da média europeia de 42%.

Quanto ao "apoio à transição ecológica da economia", 37% dos responsáveis portugueses expressaram esse desejo relativamente à alocação dos fundos europeus para regiões, um número que fica abaixo da média europeia (51%).

Já o "investimento em instalações de transporte modernas" foi apontado por 33% dos responsáveis portugueses como um dos principais objetivos do financiamento regional da UE, o que compara com 40% ao nível da UE.

Uma maioria dos portugueses inquiridos no barómetro defende ainda que as cidades e regiões devem "exercer mais influência na elaboração de políticas da UE" nos temas "uma economia mais forte, justiça social e emprego" (76%, o que compara com 55% na UE) e "crise climática e ambiente" (67%, o que compara com 56% na UE).

Três quintos (60%) dos inquiridos portugueses disseram ainda "concordar totalmente" que as regiões e cidades deveriam ter mais influência no futuro da União Europeia", e 33% responderam que tendem a concordar com essa afirmação.

O trabalho de campo para o barómetro português foi realizado entre 25 de julho e 11 de setembro, tendo sido inquiridos 108 responsáveis (na UE o número chegou a 2.698), dos quais se identificaram 68 do género masculino e 28 do feminino.

"Foram enviados por e-mail convites a políticos locais de todos os níveis políticos e de todas as filiações. Contudo, devido a variações nos contactos disponíveis e nas taxas de resposta, bem como a limitações em termos de dimensão da amostra, não é possível garantir plena representatividade", pode ler-se na nota metodológica do barómetro.

O barómetro foi divulgado juntamente com o relatório anual da União Europeia (UE) sobre o Estado das Regiões e Cidades, que admite que os Planos de Recuperação e Resiliência (PRR) nacionais, financiados pelo Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR), podem aumentar as diferenças entre regiões, "comprometendo em parte a coesão económica, social e territorial".

O documento foi divulgado no âmbito da Semana Europeia das Regiões e Cidades 2022, que decorre até quinta-feira em Bruxelas.

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