ACAP quer plano para recuperar o setor automóvel
O setor automóvel nacional é o que apresenta a maior queda da União Europeia para o primeiro trimestre. Numa carta aberta ao primeiro-ministro, a ACAP vem reivindicar medidas e apoios semelhantes aos implementados noutros países europeus.
A Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) enviou esta quinta-feira uma carta-aberta ao primeiro-ministro António Costa, em que reivindica a necessidade de apoios ao mercado automóvel.
Segundo a ACAP, o mercado automóvel nacional é o que apresenta "a terceira maior queda percentual em toda a Europa" para o ano de 2020, e a maior para o primeiro trimestre de 2021.
Em maio de 2020 a ACAP teria já submetido ao Governo "várias propostas para a reintrodução de um plano de incentivo ao abate de veículos em fim de vida" que, no entender da associação, "permitiria renovar o parque automóvel de forma a contribuir para a necessária descarbonização e estimular a procura" no setor.
Planos semelhantes terão sido implementados com sucesso em França, Espanha ou Itália.
Em vez disso, a ACAP queixa-se que o Governo tenha agravado a carga fiscal sobre veículos híbridos e comerciais, retirado incentivos à compra de elétricos por empresas e revogado incentivos fiscais à compra de certas categorias de veículos de mercadorias – medidas previstas no Orçamento do Estado para 2021.
Segundo a associação, o setor automóvel em Portugal é responsável por um volume de negócios de 33 milhões de euros e "tem garantido uma receita fiscal que representa 21% do total das receitas" do Estado. O setor emprega ainda 152 mil pessoas e é responsável por 15% das exportações nacionais.
Em Portugal, o parque automóvel tem uma idade média de 13 anos.
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