BCP quis juro baixo no crédito ao Fundo de Resolução
“O BCP é o maior contribuinte do ponto de vista proporcional. Quanto menores encargos tiver o Fundo de Resolução, menos vou pagar. Estou claramente interessado em que o fundo tenha menos encargos”, disse Miguel Maya no inquérito ao Novo Banco. São os bancos que, através das suas contribuições, vão pagar o custo que o fundo vai ter a remunerar o empréstimo.
Ao contrário do que aconteceu nos outros anos, desta vez foi a banca que emprestou dinheiro ao Fundo de Resolução para injetar no Novo Banco. Um financiamento que será feito a taxa negativa, algo que o BCP vê como positivo. A explicação foi dada por Miguel Maya, presidente executivo do banco, no Parlamento.
“O BCP é o maior contribuinte do ponto de vista proporcional. Quanto menores encargos tiver o Fundo de Resolução, menos vou pagar. Estou claramente interessado em que o fundo tenha menos encargos”, disse Miguel Maya no inquérito ao Novo Banco. São os bancos que, através das suas contribuições, vão pagar o custo que o fundo vai ter a remunerar o empréstimo.
Em causa está o financiamento de até 475 milhões de euros que a banca já concedeu o fundo liderado por Luís Máximo dos Santos, que será feito a uma taxa negativa. João Freitas, secretário-geral do Fundo de Resolução, afirmou na Assembleia da República que a taxa vai corresponder ao custo de financiamento da República a cinco anos acrescido de um “spread” de 15 pontos base, explicou. “No momento atual significa que a taxa de juro é de -6 pontos base”, disse.
Conforme adiantou o ministro das Finanças, a Caixa Geral de Depósitos e o BCP participam, cada um, com até 131 milhões de euros no empréstimo da banca ao Fundo de Resolução para financiar o Novo Banco. Este montante, explicou João Leão, diz respeito à “importância relativa dos bancos para o Fundo de Resolução”.
Até agora, o fundo injetou este ano 317 milhões no Novo Banco, sendo que uma parcela – de 112 milhões – ainda está a ser analisada.
Mais lidas