CaixaBank vai "estreitar" vínculo a longo prazo com o BPI
Isidro Fainé, presidente do banco espanhol, adiantou que, "depois de 16 anos" no BPI, o CaixaBank "espera estar [outros] 16 ou toda a vida".
Questionados pela Lusa sobre a situação do banco português, tanto Isidro Fainé, presidente, como Juan María Nin, vice-presidente executivo e conselheiro delegado da entidade espanhola, afirmaram que a sua presença no BPI é "a longo prazo".
"Não temos uma visão de curto prazo, mas sim de investidores sérios e a longo prazo, empenhados em ajudar a construir o BPI", disse Juan María Nin.
"Os nossos vínculos ao BPI vão-se estreitar mais e assim o demonstraremos em breve", disse, escusando-se a avançar pormenores.
Isidro Fainé adiantou que, "depois de 16 anos" no BPI, a entidade catalã "espera estar [outros] 16 ou toda a vida", afirmou.
"O BPI era um banco muito conservador, dava créditos a quem precisava e metia o resto em dívida pública. Os problemas que sente agora advêm dos problemas da dívida pública portuguesa", acrescentou.
Fainé destacou o facto de o BPI ter presenças importantes em Angola e Moçambique e disse que a CaixaBank quer "encontrar um caminho para que a função de 'retail banking' do PIB possa continuar a ser feita no futuro".
Nin insistiu que "as acções do BPI valem muito" e que a sua cotização "é influenciada pelas expectativas de futuro e por posições baixas especulativas, não determinadas pelo valor real mas quase como um jogo de lotaria".
"As acções de BPI valem muito, representam um banco excelente, que tem posição privilegiada na economia portuguesa, que dá serviço e apoio aos seus clientes, em créditos e depósitos", referiu.
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