A Comissão do Mercado de Valores Imobiliários (CMVM) castigou o Banco Comercial Português (BCP), aplicando-lhe uma admoestação por prestação de falsas declarações.

A pena aplicada pelo regulador do mercado nacional, e avançada pelo “Público”, está relacionada com as declarações de Filipe Pinhal relativas às contas de 2007. As declarações foram proferidas na assembleia geral de Janeiro, quando o responsável era presidente do banco e ainda não tinham sido divulgadas as contas.

O supervisor, liderado por Carlos Tavares, viria posteriormente a considerar que os números do ano passado divulgados pela anterior gestão não estavam correctos, exigindo à actual administração uma correcção às contas de 2007. Este facto está na origem da constituição de uma provisão de 800 milhões de euros para cobrir eventuais prejuízos resultantes da utilização de veículos "off-shores" para manipular a cotação do título BCP.

Neste quadro, a CMVM aplicou uma admoestação ao BCP por violação do dever de prestação de informação privilegiada, delito cometido, no entender do regulador, por Filipe Pinhal, avança o “Público”.

Contactado pelo Público, Filipe Pinhal disse não ter conhecimento da admoestação.