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Credores da Oleocom reúnem hoje

Os credores da Oleocom, maior importador português de cereais, juntam-se hoje na Lourinhã na primeira assembleia de credores da empresa, depois de os Silos de Leixões terem pedido insolvência.

21 de Julho de 2009 às 09:19

Os credores da Oleocom, maior importador português de cereais, juntam-se hoje na Lourinhã na primeira assembleia de credores da empresa, depois de os Silos de Leixões terem pedido insolvência.

A primeira assembleia de credores da empresa realiza-se hoje no Tribunal da Lourinhã, sendo o Banco Comercial Português o principal credor da empresa, que possui dívidas calculadas em 130 milhões de euros, informaram à Lusa os trabalhadores.

Os cerca de 40 funcionários estão desempregados desde 1 de Junho, depois de o gestor judicial ter concluído que a empresa não tinha viabilidade.

O processo de insolvência foi pedido pela credora Silos de Leixões, a quem a Oleocom deve 500 mil euros.

Os Silos de Leixões efectuavam a descarga e armazenagem de matéria-prima importada a granel em navios para a Oleocom e em finais de Março começaram a aperceber-se de que "a Oleocom tinha falido e que o seu administrador executivo [Ramiro Raimundo] estava em parte incerta e que não ia pagar os serviços", disse à Lusa o administrador David Champalimaud.

No final de Março a Oleocom tinha feito uma encomenda de 25 mil toneladas de milho, transportadas por um navio até ao Porto de Leixões, e que "o navio foi descarregado, o produto foi armazenado e as facturas não foram pagas" pela Oleocom.

Quando um segundo navio, com outras 25 mil toneladas de milho, foi descarregado, a empresa decidiu "reter o produto".

Devido à falta de matérias-primas e pelo facto de o seu administrador executivo estar incontactável desde 23 de Março, a actividade da Oleocom foi suspensa quer na fábrica de extracção de óleo de soja de Torres Vedras, quer na linha de embalamento que a empresa tinha também em instalações da Valouro, na Lourinhã.

Os trabalhadores, cujo valor das indemnizações pedidas é de cerca de 700 mil euros, não possuem salários em atraso.

A Oleocom importava cerca de um milhão de toneladas de cereais por ano, do total de quatro milhões importados por Portugal.

Fonte ligada à Oleocom disse à Lusa que em 2008 o volume de facturação foi de 412 milhões de euros.

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