Credores da Oleocom reúnem hoje
Os credores da Oleocom, maior importador português de cereais, juntam-se hoje na Lourinhã na primeira assembleia de credores da empresa, depois de os Silos de Leixões terem pedido insolvência.
Os credores da Oleocom, maior importador português de cereais, juntam-se hoje na Lourinhã na primeira assembleia de credores da empresa, depois de os Silos de Leixões terem pedido insolvência.
A primeira assembleia de credores da empresa realiza-se hoje no Tribunal da Lourinhã, sendo o Banco Comercial Português o principal credor da empresa, que possui dívidas calculadas em 130 milhões de euros, informaram à Lusa os trabalhadores.
Os cerca de 40 funcionários estão desempregados desde 1 de Junho, depois de o gestor judicial ter concluído que a empresa não tinha viabilidade.
O processo de insolvência foi pedido pela credora Silos de Leixões, a quem a Oleocom deve 500 mil euros.
Os Silos de Leixões efectuavam a descarga e armazenagem de matéria-prima importada a granel em navios para a Oleocom e em finais de Março começaram a aperceber-se de que "a Oleocom tinha falido e que o seu administrador executivo [Ramiro Raimundo] estava em parte incerta e que não ia pagar os serviços", disse à Lusa o administrador David Champalimaud.
No final de Março a Oleocom tinha feito uma encomenda de 25 mil toneladas de milho, transportadas por um navio até ao Porto de Leixões, e que "o navio foi descarregado, o produto foi armazenado e as facturas não foram pagas" pela Oleocom.
Quando um segundo navio, com outras 25 mil toneladas de milho, foi descarregado, a empresa decidiu "reter o produto".
Devido à falta de matérias-primas e pelo facto de o seu administrador executivo estar incontactável desde 23 de Março, a actividade da Oleocom foi suspensa quer na fábrica de extracção de óleo de soja de Torres Vedras, quer na linha de embalamento que a empresa tinha também em instalações da Valouro, na Lourinhã.
Os trabalhadores, cujo valor das indemnizações pedidas é de cerca de 700 mil euros, não possuem salários em atraso.
A Oleocom importava cerca de um milhão de toneladas de cereais por ano, do total de quatro milhões importados por Portugal.
Fonte ligada à Oleocom disse à Lusa que em 2008 o volume de facturação foi de 412 milhões de euros.
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