"Adoto o dizer do povo: ‘Até ao lavar dos cestos é vindima.’ E o ‘lavar dos cestos’, só com o ‘closing’" da operação, reagiu o presidente do grupo DST, José Teixeira, quando questionado pelo Negócios sobre o facto de a proposta que subscreve estar agora a solo na corrida à aquisição da posição de controlo da Efacec, que estava nas mãos da empresária angolana Isabel dos Santos e foi nacionalizada pelo Estado em julho do ano passado.

A cautela do líder do grupo DST dever-se-á a uma série de condicionantes , como é o caso do novo financiamento da banca garantido pelo Estado, da ordem das dezenas de milhões de euros, que continua emperrado nas negociações entre o Banco Português de Fomento e os bancos, e que irá somar-se aos 70 milhões que a empresa já recebeu, em agosto do ano passado.

Entretanto, o grupo Sodecia, que teria ficado pelo caminho na reta da meta da corrida à compra da Efacec, já fez saber que ainda não atirou a toalha ao chão. Ao jornal Expresso, fonte do assessor financeiro do grupo Clearwater garantiu que a Sodecia ainda não desistiu de avançar com uma oferta, argumentando que o caderno de encargos da reprivatização não estabelece nenhum prazo para entrega da proposta vinculativa.

A "holding" estatal Parpública anunciou esta quarta-feira, 24 de novembro, que "no âmbito do processo de reprivatização da participação de 71,73% do capital social da Efacec – Power Solutions", recebeu no prazo estabelecido apenas uma proposta vinculativa definitiva – "Best And Final Offer" – apresentada pelo investidor DST.

Recentemente, ao Negócios, o líder da DST tinha deixado uma garantia em relação à Efacec: "O nosso investimento será fortíssimo na capitalização da empresa."