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Ex-eurodeputada Ana Gomes arguida após queixa da Solverde por ofensa à reputação

Em março, a Solverde - Sociedade de Investimentos Turísticos da Costa Verde S.A. considerou, em comunicado, de "extrema gravidade e atentatórias do seu bom nome e reputação" declarações proferidas por Ana Gomes, a propósito do caso Spinumviva, sobre o sistema de controlo e regulação de jogos do casino.

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ana gomes Sérgio Lemos
12:29

A ex-eurodeputada Ana Gomes foi constituída arguida na quinta-feira na sequência de uma queixa apresentada pela Solverde por declarações que a empresa considerou atentatórias da sua reputação, confirmou esta sexta-feira à Lusa a socialista.

Sem querer adiantar mais detalhes sobre o processo, Ana Gomes acrescentou que a constituição como arguida não é inesperada, uma vez que a Solverde tinha anunciado que iria avançar com uma participação criminal contra si.

Em março, a Solverde - Sociedade de Investimentos Turísticos da Costa Verde S.A. considerou, em comunicado, de "extrema gravidade e atentatórias do seu bom nome e reputação" declarações proferidas por Ana Gomes, a propósito do caso Spinumviva, sobre o sistema de controlo e regulação de jogos do casino.

A empresa precisou então que a queixa apresentada pelo seu conselho de administração visava "o apuramento de responsabilidade e respetivo sancionamento".

Hoje, a ex-eurodeputada insistiu à Lusa que o caso Spinumviva, empresa da família do primeiro-ministro Luís Montenegro, "não está esclarecido" e defendeu que este processo "é uma oportunidade" para levantar publicamente questões "relacionadas com a intransparência do processo de concessão dos jogos".

"A Solverde é parte interessada e a decisão cabe ao Governo daquele que foi advogado da Solverde e depois avençado da Solverde, que é o primeiro-ministro. A intransparência é total", afirmou Ana Gomes, sustentando que "o prazo para o concurso foi mínimo, no verão, terminou no dia 05 de setembro e mais não se sabe".

Em março, a socialista indicou à Lusa que deu conhecimento à Procuradoria-Geral da República, à Polícia Judiciária e à Unidade de Informação Financeira de uma participação à Procuradoria Europeia relacionada com a avença do grupo Spinumviva e com a alegada falta de regulamentação dos casinos.

No mesmo mês, o procurador-geral da República, Amadeu Guerra, anunciou a abertura pelo Ministério Público de uma averiguação preventiva com base em três denúncias, que ainda decorre, para avaliar se existem elementos para avançar para a abertura de um inquérito.

A informação de que Ana Gomes foi constituída arguida foi avançada inicialmente pela própria ao Observador.

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