Galp arremata oito blocos para explorar petróleo no Brasil (act3)
A Galp Energia foi uma das empresas mais activas no leilão de 130 blocos para exploração petrolífera no Brasil. A companhia portuguesa arrematou um total de oito blocos onshore , sendo que em três deles é a empresa operadora, num investimento de 4,6 milhões de euros. Já a Partex arrematou dois blocos. Em todos eles a parceira escolhida foi a brasileira Petrobras.
(actualiza com comunicado da empresa)
A Galp Energia foi uma das empresas mais activas no leilão de 130 blocos para exploração petrolífera no Brasil. A companhia portuguesa arrematou um total de oito blocos “onshore”, sendo que em três deles é a empresa operadora, num investimento de 4,6 milhões de euros. Já a Partex arrematou dois blocos. Em todos eles a parceira escolhida foi a brasileira Petrobras.
Foi hoje efectuada a “Décima Rodada” onde a Agência Nacional de Petróleo colocou em oferta 130 blocos, distribuídos em oito sectores e em sete bacias sedimentares: Potiguar, Amazonas, Parecis, Sergipe-Alagoas, Paraná, Recôncavo e São-Francisco.
A Galp Energia arrematou um total de oito blocos, todos em parceria com a Petrobras, que já é a sua parceira na exploração petrolífera no Brasil.
Na bacia do Potiguar, a Galp Energia arrematou um total de cinco blocos, sendo que em três deles é a empresa exploradora. Nos outros dois blocos a operadora principal é a Petrobras e a Galp detém metade do capital dos consórcios. Nos blocos onde a Galp é a operadora, a empresa brasileira controla 50% do capital.
Num comunicado, a Galp afirma que, na Bacia de Potiguar, “as concessões exploratórias têm uma duração máxima de cinco anos, durante os quais serão perfurados
diversos poços de prospecção”, sendo que “cada um destes blocos tem cerca de 30 quilómetros quadrados de área”.
A empresa lembra que opera na Bacia de Potiguar desde 2004, “tendo já realizado diversas descobertas de petróleo e gás, que se encontram actualmente em fase de avaliação”.
Três blocos no Amazonas
Na Bacia do Amazonas, a Galp venceu mais três blocos, sendo que nestes casos a operadora principal é sempre a Petrobras e a empresa portuguesa controla apelas 40% do capital do capital.
Segundo a Galp, no Amazonas “as concessões exploratórias têm uma duração máxima de sete anos, durante os quais serão perfurados diversos poços de prospecção. A área total destes blocos é de cerca de nove mil quilómetros quadrados, situando-se numa zona “onde já foram identificadas significativas reservas de gás natural e situa-se na proximidade de um importante pólo industrial e mineiro”.
A Partex foi a outra empresa portuguesa a participar no leilão realizado hoje realizado pela ANP. A empresa da Fundação Gulbenkian ficou com dois blocos na Bacia do Potiguar.
Em ambos é a empresa exploradora e divide o capital do consórcio com a Petrobras.
Galp investe 15 milhões de reais
A Petrobras, parceria das duas empresas portuguesa, arrematou um total de 31 blocos petrolíferos. Do total de 130 licitados, foram arrematados 54 blocos, todos eles de exploração em terra.
A ANP, neste primeiro leilão que exclui blocos petrolíferos “offshore”, arrecadou um total de 89,4 milhões de reais.
Os oito blocos arrematados pela Galp tiveram um custo de 36 milhões de reais (10,9 milhões de euros), cabendo à Galp, tendo em conta as posições nos consórcios, um investimento de 15,3 milhões de reais (4,6 milhões de euros).
A Galp, em parceria com a Petrobras, explora já vários blocos petrolíferos no Brasil, sendo o de Tupi o mais conhecido, dada a mega-descoberta de petróleo efectuada.
Veja aqui o mapa da Bacia de Potiguar, onde a Galp e a Partex arremataram sete blocos
Veja aqui o mapa da Bacia do Amazonas, onde a Galp arrematou três blocos
Resumo dos resultados do leilão para as empresas portuguesas
| Bacia do Potiguar | |||
| Bloco | Empresa exploradora | Empresa no consórcio | Investimento total |
| POT-T-556 | Partex 50% | Petrobras 50% | 450.925 |
| POT-T-563 | Galp 50% | Petrobras 50% | 1.650.752 |
| POT-T-564 | Petrobras 50% | Galp 50% | 1.702.954 |
| POT-T-601 | Partex 50% | Petrobras 50% | 2.350.987 |
| POT-T-608 | Galp 50% | Petrobras 50% | 1.260.934 |
| POT-T-699 | Petrobras 50% | Galp 50% | 2.301.871 |
| POT-T-743 | Galp 50% | Petrobras 50% | 1.708.746 |
| Bacia do Amazonas | |||
| AM-T-62 | Petrobras 60% | Galp 40% | 3.890.789 |
| AM-T-84 | Petrobras 60% | Galp 40% | 9.931.865 |
| AM-T-85 | Petrobras 60% | Galp 40% | 13.640.988 |
| Investimento em reais | |||
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