A Global Crossing comprou a Racal Electronics por 1,55 mil milhões de euros (311 milhões de contos) com objectivo de continuar a sua expansão no mercado das telecomunicações. A Racal é a única empresa em Inglaterra capaz de transportar mais serviços de base de dados do que tráfego de voz podendo assim ajudar a Global Crossing a atingir um maior número de utilizadores. Contudo, as aquisições da Global Crossing não devem ficar por aqui pois a empresa pretende continuar a sua fase de expansão, mas agora virada para os Estados Unidos.

Tom Burnett, presidente da Merger Insight, empresa especialista em fusões e aquisições afirmou, à agência Bloomberg, que a Global Crossing é um comprador oportunista, «isto é se encontra uma oportunidade de negócio a um preço razoável compra».

«As empresas de telecomunicações esperam aumentar os seus serviços de base de dados e de Internet, o que permitirá duplicar as suas receitas para mais 17,85 mil milhões de euros (3,6 mil milhões de contos ) em 2002» referiu um analista. Como tal a compra da Racalm era considerada essencial para a Global Crossing. Recorde-se que a Racal tem um elevado volume de clientes incluindo agências governamentais e o Camelot Group.

A Global Crossing fez uma proposta muito acima da Energis, que também estava interessada em comprar a Racal para competir com a British Telecommunications e a Cable & Wirelesss no mercado inglês. As acções da Global Crossing também beneficiaram com esta aquisição ao subirem 45% desde que soube que a BellSouth e a Deutsche Telekom poderiam tentar recomprar a Racal devido ao facto de terem perdido outras oportunidades de aquisição. A BellSouth, que providência serviços de telecomunicações para cerca de nove estados dos Estados Unidos, foi batida pela MCI World Com, enquanto que a Deutsche Telecom tem procurado fazer aquisições desde que perdeu um negócio para a Telecom Italia no valor de 88 mil milhões de euros (17,6 mil milhões de contos ).

Na semana passada, Joseph Clayton vice-presidente da Global Crossing afirmou também que a empresa está interessada em comprar os activos da Internet que a MCI World Com e a Sprint alienarão para assegurar o cumprimento das regras da concorrência após a fusão entre as duas companhias.