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Ministério da Defesa vai gastar 6,4 milhões para enviar F-16 à revisão

Os motores que equipam os 30 caças F-16 das duas esquadras da Força Aérea Portuguesa vão ser alvo de revisão.

Chefe do Estado Maior da Força Aérea Manuel Teixeira Rolo
Chefe do Estado Maior da Força Aérea Manuel Teixeira Rolo Mariline Alves/Correio da Manhã
26 de Setembro de 2017 às 11:16

O Ministério da Defesa vai enviar à revisão os 30 caças F-16 da Força Aérea Portuguesa. Para isso, vai ter de desembolsar um total de 6,4 milhões de euros em 2017 e 2018.

"Autorizo a aquisição dos serviços de revisão geral de quatro módulos Core do motor F-100-PW-220E", pode-se ler no despacho datado de 4 de Setembro foi publicado esta terça-feira, 26 de Setembro, em Diário da República.

Os caças F-16 da Força Aérea Portuguesa estão equipados com o "motor Pratt&Whitney F100-PW-220E, o qual é constituído por um conjunto de cinco módulos (Fan, Core, Low Pressure Turbine, Augmentor e Gearbox)". 

O Ministério da Defesa afirma que "para manter os objectivos mínimos de prontidão operacional do sistema de armas F-16 MLU para os anos de 2017 e 2018, se torna necessário efectuar a revisão geral a quatro módulos Core com potencial esgotado".

"O sistema de armas F-16 MLU, enquanto Air Defense Fighter Advanced e Fighter Bomber Attack All Weather, contribui decisivamente para as missões das Forças Armadas associadas à segurança e defesa do território nacional, exercício da soberania, jurisdição e responsabilidades nacionais, bem como de defesa colectiva, nomeadamente no quadro da NATO, no qual as missões de Air Policing são um exemplo manifesto", pode-se ler no despacho assinado pelo ministro da Defesa, Azeredo Lopes, destacando a importância da revisão aos 30 caças F-16.

Além desta revisão, o Ministério da Defesa vai gastar um total de 8,7 milhões de euros até 2020 para modernizar os 30 caças F-16 portugueses, através da aquisição de 30 sistemas Multifunction Information Distribution System - Joint Tactical Radio System (MIDS-JTRS).

O Governo diz que estes sistemas são "cruciais para a interoperabilidade das aeronaves em todos os teatros de operações actuais". Os MIDS-JTRS são sistemas que permitem aos F-16 comunicar com outros aviões e também com terra.

Os F-16 nacionais entraram ao serviço em 1994. Portugal comprou inicialmente 20 F-16 novos e em 1997 comprou mais 25 F-16 usados. A vida útil dos F-16 portugueses termina em 2030. Vários países europeus - Bélgica, Holanda, Noruega e Dinamarca - já decidiram avançar para a compra de caças de quinta geração.

Portugal deverá tomar uma decisão até 2020 sobre o futuro dos caças nacionais, mas num relatório de 2016 divulgado pelo Diário de Notícias em Abril o Governo ponderava avançar para a modernização dos F-16 para estender a sua vida útil em mais 10 anos até 2040.

Através da configuração Viper, o Governo teria de gastar 500 milhões de euros para modernizar os caças, um valor que contrasta com os cinco mil milhões de euros que o país teria que gastar para comprar caças de quinta geração.

Entretanto, Portugal vendeu 12 F-16 à Roménia por 160 milhões de euros. Os primeiros seis caças foram entregues à Força Aérea Romena em 2016.

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