O "lobo mau" ataca na floresta retalhista a Norte
Era uma vez o maior centro comercial da região, que vivia tempos felizes e na abundância desde 1998. A depressão no consumo tornou o desempenho do NorteShopping menos "encantado" e deixou promessas de um "final feliz" apenas aos doutores desempregados
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"Bom dia, menina. Posso ver as suas mãos?". A pergunta sai desafiadora, toda a manhã, do interior de um quiosque de cosmética, tentando chamar a atenção das poucas senhoras que se passeiam numa sexta-feira de manhã pelo NorteShopping. Horas mais tarde, e durante os dois dias tradicionais de descanso para a maioria dos portugueses, o maior centro comercial da zona Norte voltará a encher-se, num movimento ocupacional cada vez mais comum e selectivo. Durante a semana, não são só as vendas que estão a baixar; a afluência também é cada vez menor. As lojas já começaram a dispensar colaboradores e a reduzir e flexibilizar os horários dos que se mantêm ao serviço. Muitos deles licenciados, que encontram atrás do balcão "um porto seguro" no mercado de trabalho.
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