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"A crise dói e cansa. Vamos riscar a palavra do nosso dicionário"

Apelo de Paulo Zucula, ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique. A hora é agora

04 de Abril de 2011 às 00:01

Paulo Zucula | O ministro moçambicano foi ouvido por uma plateia composta por 120 pessoas.
Paulo Zucula, ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, diz que para o seu país a hora "é agora ou nunca". Os recursos minerais, a diversidade da oferta turística e a riqueza agrícola são três pilares onde deve assentar o desenvolvimento de Moçambique.

"Com este potencial todo porquê ficar a olhar para crise?", questionou o responsável durante a "business roundtable" promovida pelo Negócios sobre as oportunidades de investimento em Moçambique. A resposta de Paulo Zucula, envolvendo também as empresas portuguesas e a situação económica nacional, foi desafiadora. "A crise dói e cansa. Vamos riscar a palavra crise do nosso dicionário", sentenciou o governante moçambicano.

Antes, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações português havia também alertado para a necessidade de mudar a atitude. "Não podemos estar a carpir mágoas. Temos de ser positivos e olhar com confiança para o futuro", sugeriu António Mendonça.

Neste quadro, Moçambique, que este ano deverá registar um crescimento de 7,2% do PIB (Produto Interno Bruto), surge como uma janela de oportunidade para as empresas portuguesas. "Há um imenso potencial nas relações económicas" entre os dois países, sublinhou António Mendonça.

Moçambique é um mercado nem sempre fácil, mas que tem sido recompensador.

Jorge Coelho

Presidente executivo da Mota-Engil

O facto de Moçambique ser apenas o 27º cliente de Portugal é um dos indicadores que mostra o espaço de crescimento que existe, constatou o ministro das Obras Públicas. Uma opinião partilhada por Jorge Coelho. Para o presidente executivo da Mota-Engil, Moçambique é um mercado "nem sempre fácil, exigente do ponto de vista financeiro, mas que tem sido recompensador e tem um potencial de crescimento que está muito longe de se esgotar".

Jorge Coelho

A Mota-Engil construiu a ponte Armando Guebuza, sobre o rio Zambeze, ligando por terra o Norte, Centro e Sul de Moçambique e está agora a desenvolver a vila dos Jogos Pan-Africanos, que estará pronta antes de Setembro, ambas em parceria com Soares da Costa.

A área das infra-estruturas está longe de ser a única oportunidade. Em Moçambique qualquer negócio pode frutificar", sustentou António Fernando, ex-ministro do Comércio e Indústria daquele país, outro dos participantes na iniciativa promovida pelo Negócios. "Temos paz e estabilidade, um mercado regional de 250 milhões de consumidores, um ambiente de negócios e uma tributação favorável, acesso a mercados preferenciais e repatriamento de lucros. E isto responde à pergunta: "porque investir em Moçambique", concluiu António Fernando.

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